Além destes dois, o actual presidente da UNITA, Isaías Samakuva, ainda não esclareceu oficialmente se está na corrida à reeleição, algo que segundo fontes da direcção do partido deverá também acontecer.
Os candidatos à liderança da UNITA, a eleger em Dezembro em congresso, vão ser conhecidos até 25 de Outubro, decorrendo já o período de formalização das candidaturas, disse à Lusa fonte do maior partido da oposição angolana.
O deputado e general Abílio Kamalata Numa, de 60 anos e na UNITA desde 1974, confirmou à Lusa que apresenta a sua candidatura à liderança do partido até ao dia 24 de Outubro.
O também deputado e general Lukamba Paulo "Gato" anunciou que faz quinta-feira uma declaração pública, escusando-se para já a confirmar oficialmente a candidatura, o mesmo tendo acontecido anteriormente com o actual líder Isaías Samakuva.
Abílio Kamalata Numa assume "preocupação" com o actual rumo do país, governado desde 1975 pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), garantindo o objectivo de tornar a UNITA um partido "mais dinâmico, com uma imagem mais atractiva".
"Pretendo um partido que se projecta para o futuro como moderno, um partido que não continue amarrado aos anátemas das ideologias passadas, mas que busca nos seus fundamentos o dinamismo de se poder contextualizar na actualidade", disse o general Numa, em declarações à Lusa.
Este período para a formalização de candidaturas termina a 25 de Outubro e o acto eleitoral de escolha do líder acontecerá no decurso do XII congresso ordinário da UNITA, entre 3 e 5 de Dezembro deste ano.
Para concorrer à liderança do partido fundado por Jonas Savimbi, os candidatos têm de ter pelo menos 15 anos de militância "consequente e irrepreensível" na UNITA e reunir assinaturas correspondentes a um mínimo de 40 dos membros efectivos da comissão política e um mínimo de 1000 assinaturas de militantes, sendo pelo menos 50 assinaturas por cada uma das 18 províncias do país.
O vencedor será o candidato da UNITA às próximas eleições gerais angolanas, que deverão ter lugar em 2017, num mandato que se prolongará por quatro anos (até 2019).
Durante o congresso de Dezembro, os militantes vão avaliar o desempenho dos órgãos da UNITA no período de 2011 a 2015, reavaliar a linha político-ideológica, estratégica, programa e objectivos do partido e rever os estatutos, entre outros assuntos.