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Caixa Angola: grupo português assume compromisso em internacionalizar empresas angolanas

A administração do banco Caixa Angola, nova designação hoje apresentada depois da saída do grupo espanhol Santander da estrutura accionista, assumiu o compromisso do grupo português Caixa Geral de Depósitos em internacionalizar as empresas angolanas.

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A garantia foi transmitida em entrevista à agência Lusa por Fernando Marques Pereira, presidente da comissão executiva do ex-banco Caixa Totta, que desde Julho passou a ser controlado maioritariamente pelo banco público português, adoptando nome comercial e imagem (‘rebranding') semelhantes, hoje divulgadas na sua sede, em Luanda.

"É uma aposta da Caixa Geral de Depósitos, que efectivamente é uma instituição exclusivamente pública, mas é uma aposta da Caixa Geral de Depósitos em Angola. É um mercado que consideramos importante para as diversas empresas, não só portuguesas, mas todas as empresas europeias", sublinhou o administrador executivo do ‘novo' Caixa Angola.

O Banco Santander Totta e a Santotta - Internacional SGPS anunciaram a 8 de Julho a venda da sua participação de 49 por cento no capital social da PartAng SGPS à Caixa Geral de Depósitos, passando o banco público português a deter a totalidade do capital daquela sociedade e por sua vez 51 por cento do capital social do agora designado Banco Caixa Geral Angola.

Além da holding PartAng (51 por cento), a estrutura accionista do banco, que opera em Angola desde 2009, é detida pela Sonangol (25 por cento), e pelos empresários Jaime Freitas (12 por cento) e António Mosquito (12 por cento).

"Também é importante para as empresas angolanas que possamos, com a nossa rede global, internacionalizar. O facto de sermos um banco integrado numa rede internacional, que vem do nosso accionista bancário e dos não bancários, como a Sonangol que também tem uma rede internacional grande, vai permitir trazer algumas empresas para investir em Angola e ajudar as empresas angolanas que se queiram internacionalizar", apontou Fernando Marques Pereira.

O banco registou em 2014 um resultado líquido de 9,1 mil milhões de kwanzas, o quarto melhor registo do sistema financeiro angolano no ano passado - o mesmo acontecendo na rentabilidade e eficiência - e que o administrador executivo, apesar das "dificuldades" que o país atravessa devido à crise da cotação do petróleo, prevê manter nas contas de 2015.

A administração do banco angolano afirma que o "foco" não se alterou com a mudança de nome comercial e imagem, mantendo-se concentrado no sector empresarial e no "reforço da dinâmica comercial".

Esta mudança, inicialmente prevista para o primeiro trimestre de 2016, foi ainda assinalada esta quinta-feira à noite com a primeira edição do festival Caixa Luanda, em plena marginal da capital angolana, que reuniu nomes angolanos e portugueses, como Yola Semedo, Raquel Tavares, Maria Ana Bobone, Ana Sofia Varela e Marcos Rodrigues.

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