Em causa está a obrigatoriedade de os mais de 20 bancos comerciais que operam em Angola constituírem reservas sobre os depósitos à ordem do Banco Nacional de Angola (BNA), que fixou taxas de 15 por cento do total em moeda estrangeira e 25% em moeda nacional.
De acordo com o mais recente relatório mensal do BNA sobre o panorama monetário angolano, entre esta denominada "reserva bancária" contam-se os depósitos obrigatórios, que em Outubro ascenderam a 314.192 milhões de kwanzas, em moeda estrangeira, e 725.028 milhões de kwanzas, em moeda nacional.
Trata-se de um aumento de 15 por cento desde o início do ano, em depósitos sob reserva em moeda estrangeira, e de cerca de 79 por cento em moeda nacional.
Os bancos comerciais estão obrigados desde 1 de Julho a constituir reservas de moeda nacional no BNA equivalentes a 25 por cento dos depósitos dos clientes, anunciou na altura o governador do banco central. O coeficiente de reservas obrigatórias em moeda estrangeira manteve-se então inalterado em 15 por cento.
O coeficiente de reservas obrigatórias em moeda nacional estava fixado em 2014 em 12,5 por cento, tendo o BNA aumentado a 1 de Janeiro de 2015 para 15 por cento, justificando a decisão com a necessidade de "garantir a estabilidade de preços", precisamente no pico da crise da quebra da cotação internacional do petróleo.
Os bancos comerciais que operam em Angola são obrigados a informar o banco central, regularmente, sobre estas reservas, que envolvem depósitos e operações com títulos.