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Angola quer apoio de Cabo Verde sobre Cadastro Social Único

Dirigentes e técnicos de Angola e São Tomé e Príncipe iniciaram esta Segunda-feira uma visita de quatro dias a Cabo Verde para conhecerem a experiência no desenvolvimento e gestão do Cadastro Social Único (CSU), anunciou fonte oficial.

: Facebook UNICEF Angola
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"São Tomé e Príncipe pretender beber da experiência de Cabo Verde. Viemos para troca de experiência", afirmou aos jornalistas, na cidade da Praia, a ministra dos Direitos da Mulher de São Tomé e Príncipe, Maria Milagre Delgado, que chefia a delegação, que iniciou a visita com um encontro com o ministro de Estado, da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social cabo-verdiano, Fernando Elísio Freire.

A governante são-tomense frisou que dirige um ministério novo, tutelando ainda a Inclusão Social, Solidariedade e Família, pelo que considerou que a visita a Cabo Verde é "importante" para recolher sugestões, estando já em perspectiva assinatura de acordos nesta área.

"Eu acho que nós vamos ganhar muito com a experiência sobre o cadastro. E nós também temos a nossa parte positiva, que nós vamos trazer para Cabo Verde", prosseguiu, notando que a maior parte da população do seu país é de origem cabo-verdiana.

"E nós temos grandes capacidades que nós sabemos que vamos conseguir desenvolver também com Cabo Verde", insistiu a mesma fonte, que fez uma "boa avaliação" da gestão e desenvolvimento do CSU de Cabo Verde.

A delegação, acompanhada de técnicos do Banco Mundial, conta ainda com dirigentes angolanos, em representação do Ministério da Protecção Social daquele país, que até Quinta-feira vão realizar visitas e encontros a estruturas em Cabo Verde.

O CSU é uma medida do Governo de Cabo Verde, implementada desde 2018 em parceria com as Câmaras Municipais, que permite localizar e focalizar os potenciais beneficiários de programas de protecção social, tendo já mais de 81 mil famílias registadas em todos os 22 municípios do país.

Para o ministro de Estado, da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social de Cabo Verde, Fernando Elísio Freire, o facto de esses dois países estarem a conhecer a experiência desse projecto deve ser "motivo de orgulho".

"Isto é uma vitória de Cabo Verde que devemos celebrar, mas também que aumenta a nossa responsabilidade, porque há desafios também que nós temos que conquistar", avisou o governante, para quem o CSU é uma "instituição respeitadíssima" na sub-região africana.

"É dado como exemplo de uma gestão transparente, rigorosa, mas, acima de tudo, de uma gestão que tem permitido a focalização das políticas sociais", referiu, indicando que actualmente o cadastro está a ser utilizado por 13 programas para seleccionar os beneficiários de apoios sociais.

Relativamente a São Tomé e Príncipe, notou que os dois países estão a trabalhar há muitos anos na protecção social, com formação nesta área, mas também há cerca de 1150 pensionistas em São Tomé e Príncipe e cerca de 50 em Angola que são assumidos pelo Estado de Cabo Verde.

Também há cerca de 20 bolsas atribuídas a estudantes universitários são-tomenses para estudarem em Cabo Verde, 86 bolsas de formação profissional, além de bolsa atribuídas à comunidade cabo-verdiana em São Tomé e Príncipe.

Fernando Elísio Freire disse que os dois países têm "compromissos fortes" e vão avançar para a fase seguinte, que é a de cuidados, prometendo desenvolver políticas para permitir que haja formação de cuidadores em São Tomé e Príncipe.

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