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Exploração de hidrogénio verde na Barra do Dande arranca em 2024

Vai arrancar, em 2024, um projecto de exploração de hidrogénio verde na Barra do Dande, na província do Bengo. O anúncio é de João Lourenço, Presidente da República, que falava, esta Quarta-feira, no painel “Jovens, actores na promoção da cultura de paz e transformações sociais do continente/Diálogo de Alto Nível”, por ocasião da 3.ª Bienal de Luanda, que decorre até Sexta-feira, na capital.

: Roberto Paquete/DW
Roberto Paquete/DW  

A Sonangol, o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás e uma empresa da Alemanha vão desenvolver o projecto, adiantou. Citado pela Angop, o chefe de Estado – em resposta a uma preocupação acerca da contribuição do país para a diminuição de gases poluentes – referiu que o propósito passa por atender o mercado interno, bem como exportar energia verde para o mercado europeu e outros consumidores.

Com igual objectivo, o Presidente da República referiu que o país vai proceder à assinatura, na COP-28, de uma iniciativa acerca da necessidade de descarbonizar o petróleo e gás, tendo afirmado que, a par dessa iniciativa da ONU, existem outras de entidades internacionais que o país vai abraçar, para que a indústria de petróleo e gás passe, brevemente, a ser capaz de calcular as emissões de hidróxido de carbono e diminuir, na medida do possível, as emissões de dióxido de carbono e gás metano, escreve a Angop.

Na ocasião, destacou ainda tratarem-se de "medidas concretas" que o país se encontra a "tomar": "Estas são as medidas concretas que Angola está a tomar para contribuir na estratégia contra as emissões de gases poluentes", indicou, citado pela Angop.

Entre outros aspectos, mencionou também a produção de energia no país, referindo que Angola se encontra comprometida com o combate às alterações climáticas, participando de todas as batalhas no domínio dos COP.

Nesse sentido, adiantou que têm vindo a trabalhar no sentido de diminuir a queima dos combustíveis fósseis, fazendo um uso cada vez menor de combustíveis de centrais térmicas para produzir energia eléctrica, bem como salientou que Angola tem apostado na edificação de aproveitamentos hidroeléctricos, com destaque para três barragens erguidas perto da Bacia do Baixo Cuanza.

Assim, citado pela Angop, acrescentou: "Essa energia está a permitir a redução da utilização de centrais térmicas de produção de energia. Estamos com capacidade de cerca de seis mil gigawatts, mas a utilizar pouco mais da metade. Temos investimentos a fazer na transportação dessa energia para o sul e leste do país, depois do norte e centro".

"A nossa matriz energética conta com cerca de 65/67 por cento da energia fornecida a partir de energias limpas, das centrais que referi e dos parques solares que estão em funcionamento em alguns pontos do país, Benguela, Namibe", avançou João Lourenço, acrescentando que Angola pretende introduzir o seu excedente de energia na rede da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), que já é uma realidade e se encontra a funcionar.

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