A posição foi assumida por Ângela Bragança, em declarações à Lusa à margem da X reunião de ministros do Turismo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorreu na cidade de São Filipe, na ilha cabo-verdiana do Fogo.
“Estamos neste momento a trabalhar e a dialogar com cadeias hoteleiras para ter cadeias de referência no país. Provavelmente até 2020 tenhamos uma ou duas”, disse a governante.
Ângela Bragança acrescentou que o Governo está a “trabalhar seriamente” no processo de privatização dos hotéis detidos pelo Instituto de Fomento Turístico (Infotur) em Angola. “Para que os hotéis de referência sejam atractivos para essas empresas”, afirmou.
Segundo Ângela Bragança, o processo de isenção e facilitação de vistos, em alguns casos atribuídos já na fronteira, medida introduzida em 2018 pelo Governo liderado pelo Presidente João Lourenço, ajudou a tornar Angola num país “mais amigo” dos turistas.
“De facto o país estava fechado. No âmbito da abertura que temos, temos países com isenção e outros onde há o processo de simplificação e facilitação. E já se notam vantagens, embora tenhamos que introduzir correcções, sobretudo na plataforma (‘on-line’, de pré-registo), que por vezes é morosa, por vezes não está acessível”, apontou a ministra, reconhecendo que se tratou de uma medida de “grande alcance político”.
A governante garante também que está em curso um “processo de abertura de portas do turismo angolano ao mundo”, que vai da melhoria da hotelaria nacional, das infra-estruturas e das acessibilidades até à requalificação dos centros históricos do país, “aproveitando a história e a cultura”. “Gradualmente estamos a criar condições para que Angola se situe como um país de referência no turismo”, rematou.