Segundo a ambientalista, ao longo destes três anos de trabalho a Otchiva – um projecto de protecção, conservação e restauração dos mangais – mobilizou vários ramos da ciência, sendo que o objectivo do livro passa pela sensibilização dos cidadãos e, em particular, dos gestores públicos sobre esta matéria.
"Foi um trabalho (...) de três anos (...). A Otchiva mobilizou toda uma ciência, estamos a falar de biólogos, geólogos, ambientalistas, jornalistas, porque o livro tem como objectivo principalmente educar e sensibilizar todos os cidadãos, em particular os nossos gestores públicos, sobre as aves que existem nas zonas húmidas do Lobito", apontou, em declarações à Televisão Pública de Angola (TPA).
"Para além dos flamingos, a ave que representa o símbolo da nossa identidade, tem outras aves de importância internacional, mas infelizmente estes ecossistemas encontram-se ameaçados e a suave fauna também, portanto, ao lançarmos esse livro pretendemos que se conheça as aves que existem nestes ecossistemas, uma vez que só se protege o que se conhece", acrescentou.
Fernada Renée adiantou que a obra foi prefaciada pela Dra. Musonda Mumba, secretária geral da Convenção de Ramsar.
"É uma honra e é o trabalho de Angola a ser apresentado (...)", disse, citada pela TPA, acrescentando: "Porque Angola pelas suas zonas húmidas também é uma rota mundial das aves migratórias, e não só, também para promovermos o turismo e inspirarmos que observadores de aves de todo mundo também possam visitar as nossas zonas húmidas e observar, claramente, as nossas aves existentes em Angola".
De acordo com informações partilhadas pela Otchiva na sua página de Facebook, o lançamento do livro tem lugar na Casa Internacional do Ambienta da ONU, em Genebra.
Relativamente ao lançamento deste livro no país, Renée apontou que está previsto acontecer em Junho, no Lobito (Benguela), seguindo-se depois Luanda, escreve a Angop.
O livro, de acordo com a Otchiva, contou, entre outros, com a colaboração dos fotógrafos Edson Tadeu Bastos, Alberto Chiquito, Marco Romero e Fábio Samuel, bem como dos editores Karelia Costa, Prof Carmo Montenegro, Alberto Chiquito e Fernanda Renée, num texto que contou com a revisão do jornalista Alves Fernandes.
