A edição deste ano do Índice de Abertura de Vistos para África mostra que Angola subiu 15 posições no índice desde 2016, para a 34.ª posição, em consequência da introdução do visa electrónico e da decisão do Governo de Luanda em 2018 de permitir que 61 países recebessem vistos à chegada, incluindo 13 países africanos.
O texto, divulgado esta Segunda-feira pela Comissão da União Africana (CUA) e do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) à margem do Fórum de Investimento em África, que se prolonga até Quarta-feira em Joanesburgo, na África do Sul, sublinha o sucesso da mudança, que é “parte de planos governamentais mais amplos" para impulsionar o desenvolvimento económico e o turismo, setor em que Luanda fixou o objetivo de criar um milhão de empregos em todo o país até 2020.
São Tomé e Príncipe é também destacado no trabalho - subiu nove lugares desde 2016 e ocupa agora a 43.ª posição - que assinala como positiva a introdução da plataforma eVisa para visitantes internacionais, a ratificação da Zona de Comércio Livre Continental Africana – até agora, o único dos PALOP - e a assinatura do Protocolo sobre Livre Circulação de Pessoas, a que Angola e Moçambique também aderiram.
Angola e São Tomé ocupam, no entanto, no conjunto dos países africanos lusófonos, os últimos dois lugares entre os mais restritivos à livre circulação de pessoas. Guiné-Bissau (5.ª posição no índice), Cabo Verde (8.ª) e Moçambique (10.ª) estão entre o “TOP 20” dos países africanos mais abertos.