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Governo explica à ONU objectivos da Operação Transparência

O ministro das Relações Exteriores esclareceu perante as Nações Unidas, em Genebra, as medidas tomadas recentemente pelo Executivo, "que visam impedir a continuação de práticas que têm lesado profundamente" o país no quadro da Operação Transparência.

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Segundo uma nota do Ministério das Relações Exteriores, Manuel Augusto explicou a situação durante um encontro com a Alta-Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet Jeria, em que, lê-se no texto, deu a conhecer a versão de Angola sobre a operação, "com vista a repor a verdade".

Manuel Augusto, acrescenta-se na nota de imprensa, disse a Bachelet Jeria que a verdade "tem sido "adulterada pela difusão de informação relacionada com as alegadas expulsões massivas e forçadas de cidadãos estrangeiros e consequentes violações de direitos humanos dos mesmos".

"Angola deplora a publicação dessas informações, caracterizadas pela não-observância dos usos e práticas de imparcialidade, isenção e objectividade que devem reger os princípios e normas de procedimentos que exigem que o Estado acusado possa apresentar a sua versão sobre os factos", refere o documento, citando as palavras ditas pelo chefe da diplomacia à Alta-Comissária.

A Operação Transparência, iniciada a 25 de Setembro último nas províncias de Malanje, Lunda Norte, Lunda Sul, Bengo, Luanda, Cuanza Sul, Cuanza Norte, Cuando Cubango, Bié, Moxico, Zaire e Uíge, visa impedir a exploração ilegal de diamantes e outros recursos naturais em todo o país.

"O ministro passou a mesma mensagem no encontro com o Alto-Comissário das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Fillipo Grandi, sediado em Genebra, e esclareceu as duas entidades que a operação visa prevenir eventuais fontes de financiamentos para alimentar e sustentar possíveis grupos armados susceptível de desestabilizarem países da região dos Grandes Lagos", acrescenta-se na nota.

Mais grave do que os prejuízos económicos resultantes da exploração ilegal dos recursos, prossegue a nota, "são os danos causados à natureza por todo o tipo de escavação e utilização de explosivos, provocando alterações ambientais e efeitos negativos irreparáveis no ecossistema angolano".

No comunicado é indicado que Angola continuará a colaborar com todas as instituições internacionais, incluindo a Comissão dos Direitos Humanos da ONU e com o ACNUR para o mesmo fim, "tendo sempre presente os princípios do respeito pela soberania e integridade territorial".

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