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Governador garante “tolerância zero” ao tráfico de diamantes na Lunda Norte

O governador da província da Lunda Norte garantiu Quarta-feira a continuidade da operação de combate à imigração ilegal e tráfico ilícito de diamantes, que resultou, só esta semana, na detenção de mais de 2500 cidadãos estrangeiros.

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Ernesto Muangala falava à margem da primeira sessão ordinária daquele governo, que serviu para analisar, entre outros aspectos, o memorando da situação sócio-económica e política daquela província diamantífera.

O governante considerou preocupante a concentração de imigrantes e requerentes de asilo político, que estão a exercer actividades comerciais, como disfarce, para as suas acções de garimpo de diamantes e a sua comercialização.

Segundo Ernesto Muangala, as medidas tomadas desde Outubro, com operações policiais em colaboração com a população "devem ser permanentes nos 10 municípios da Lunda Norte".

"Tolerância zero à imigração ilegal e ao tráfico ilícito de diamantes. As operações no Cambulo, Lucapa e Cuango vão estender-se à toda a extensão da Lunda Norte", referiu o governador, cujas declarações foram divulgadas Quarta-feira pela rádio pública.

Recordou ainda que terminou o prazo de 10 dias dados pelas autoridades "para a saída voluntária dos estrangeiros para os seus países de origem e dos nacionais que ocuparam as áreas reservadas ao Estado para a exploração de diamantes".

A orientação foi no sentido de que retirassem todas as suas dragas, toda a maquinaria e outros meios, para as suas áreas de origem, informou Ernesto Muangala.

"Quero contar com o apoio de todos nesta luta que iniciamos", disse.

Por sua vez, o comandante provincial da Lunda Norte da Polícia Nacional, comissário Alfredo Quintino, referiu que a polícia tem força suficiente para dar continuidade à operação denominada "Luembe", nome do rio cujas margens são utilizadas para o garimpo ilegal de diamantes, mas há falta de meios.

"Nós não temos qualquer dificuldade em termos de homens, temos sim no que toca fundamentalmente em meios, de transporte e, ultimamente, a nível de quase todo o país, tem-se feito sentir a carência de combustível. Esses são os dois aspectos principais que em certa medida leva-nos a realizar essa operação de forma paulatina", referiu, informando que a próxima intervenção será em Lucapa.

Nos últimos dias, mais de 2500 congoleses foram detidos pelas autoridades acusados da prática de exploração ilegal de diamantes, em áreas do município do Cambulo, consideradas como reservas estratégicas diamantíferas do Estado.

Nessa primeira acção, foram apreendidas cerca de 80 dragas, três motorizadas, moto-bombas, grupos geradores de energia eléctrica e grandes quantidades de alimentos.

O garimpo ilegal é considerado também um problema de segurança no leste do país, com as constantes detenções de cidadãos estrangeiros, essencialmente da vizinha República Democrática do Congo, em situação ilegal no país, detectados na actividade diamantífera ilícita.

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