Em telegrama de pesar enviado ao arcebispo de Luanda, citado esta Segunda-feira pelo Vatican News, Francisco recorda os “cuidados dispensados pelo querido dom Alexandre ao seu rebanho, em tempos conturbados e difíceis, tendo sido para todos expressão do rosto misericordioso de Jesus, bom samaritano da humanidade”.
"[A fé em Cristo e a esperança na vida eterna] fizeram dele um homem corajoso e livre, capaz de orientar os seus passos em prol do bem comum, tendo inclusive colaborado com esta sede apostólica no seu zelo em favor dos mais pobres e necessitados, ao guiar os rumos da Cáritas Internacional”, recorda o Papa.
O cardeal Alexandre do Nascimento morreu, no Sábado, vítima de doença, aos 99 anos, em Luanda. Missas e orações em sua memória tiveram início esta Segunda-feira, na capital, sendo que o religioso será sepultado no dia 8 de outubro na Sé Catedral de Luanda.
Alexandre do Nascimento, único cardeal angolano, nasceu a 1 de Março de 1925 em Malanje e é um dos mais destacados líderes da Igreja Católica em Angola. Foi ordenado padre em 1952 e elevado a bispo a de Agosto de 1975.
Alexandre do Nascimento foi ordenado cardeal pelo Papa João Paulo II em 1983 e era o mais idoso membro do Colégio dos Cardeais.
Licenciado em Teologia, o cardeal que, foi também presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) e é arcebispo emérito de Luanda, participou dos conclaves de eleição do Papa Bento XVI (em 2005) e de eleição do Papa Francisco (em 2013), mas não tinha direito ao voto devido à idade.