"Angola tem um conjunto de riquezas naturais, que são fundamentais para quem pretende investir. Temos hoje uma panóplia de possibilidades que dão, a quem quiser investir, a capacidade de poder rentabilizar os seus investimentos. O que é importante é criarmos essas condições", defendeu o responsável, citado num comunicado remetido ao VerAngola.
Na sua participação no referido painel, o office managing partner da EY Angola destacou que Angola pode assumir um "papel decisivo no crescimento da região" da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
"É uma região que está a crescer e tem muitas oportunidades para os investidores fazerem acontecer", acrescentou.
Intervindo no painel, que serviu para debater as "oportunidades existentes em Angola para investidores estrangeiros" e partilhar "ideias e visões sobre o ambiente de negócios no país", Carlos Basto disse que "existem condições para que a economia angolana possa dar um salto".
"O sector do Petróleo e Gás é fundamental, representando hoje 27 por cento do PIB. É importante que o seu valor relativo diminua, mas que o seu valor absoluto cresça. É fundamental que todas as políticas que o executivo está a implementar continuem a dar efeitos e que se faça crescer a produção. No entanto, é também importante, sobretudo para fazer face ao impacto do preço do petróleo na economia e à sua volatilidade, que se façam crescer outros sectores", disse.
Sobre os riscos que os investidores enfrentam actualmente e de que maneira estes podem ser prevenidos e superados, o responsável considerou que "a estabilidade macroeconómica é fundamental para que o investidor sinta confiança no momento do investimento".
"Existem temas fáceis de gerir, outros nem tanto. Mas é importante uma estabilidade de preço, isto é, o controlo da inflação, e ter a capacidade de prever quais vão ser os meus preços quando investir naquele país. Além disso, a estabilidade cambial é também importante", considerou, citado no comunicado.
Segundo Carlos Basto, Angola possui um "grande potencial para atrair investimento".
"Angola é um país jovem e tem oportunidades para criar sectores de investimento em que possa desenvolver as pessoas. É difícil investir trazendo apenas mão-de-obra especializada de outros países. A aposta que Angola pode fazer no seu capital humano será também decisiva para melhorar as condições daquilo que o investidor fará no país", acrescentou.
Recorde-se que a quinta edição da Angola Oil & Gas teve lugar entre 2 e 3 de Outubro, em Luanda, sob o tema "Impulsionar a Exploração e o Desenvolvimento para Aumentar a Produção em Angola".