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Sonangol assina acordo para desenvolver projecto de hidrogénio verde na Barra do Dande

A Sonangol rubricou com as empresas de energia Conjuncta, CWP e Gauff um acordo para desenvolver o projecto de hidrogénio verde de Barra do Dande. A assinatura do acordo teve lugar na passada Quarta-feira, durante a conferência Angola Oil & Gas, que decorreu esta semana em Luanda.

: Energy Capital & Power
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Segundo um comunicado remetido ao VerAngola, o acordo abrange o "design, licenciamento, financiamento, engenharia e construção da instalação".

Orlando da Mata, presidente do Conselho de Administração do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Sonangol, Vladimir Machado, presidente do Comité Executivo do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Sonangol, Michael Scholey, CEO da CWP, Stefan Tavares Bollow, CEO da Gauff, e Julian Reichert em nome do CEO da Conjuncta, Stefan Liebing, foram os signatários do acordo.

Situado no município de Barra do Dande, o referido projecto de hidrogénio verde vai produzir até 1200 toneladas de amoníaco para exportar para o mercado europeu.

O projecto vai também contar com "a instalação de 600 MW de capacidade de energia renovável – gerada a partir de fontes hidroeléctricas – bem como uma subestação de 400 kV e tratamento adequado de água".

Ainda no âmbito da conferência Angola Oil & Gas, a Sonangol reafirmou o seu compromisso em alavancar o desenvolvimento sustentável de hidrocarbonetos.

O presidente do Conselho de Administração (PCA) da Sonangol, Sebastião Gaspar Martins, intervindo numa sessão 'Em Conversa Com...', disse que a petrolífera não vai abandonar o petróleo e gás, mas vai avançar no desenvolvimento descarbonizado desses recursos.

"Estamos a analisar oportunidades no sector do gás e identificámos o parceiro certo para desenvolver o gás não associado. O gás produzido pela Angola LNG será utilizado para a produção de fertilizantes, e estamos a avaliar a utilização de gás no sul do país, ligando o gás às indústrias siderúrgicas. Também temos um projecto de carbono azul, ligado à redução de carbono através da plantação de mangais. Temos uma área em Luanda e identificámos quatro áreas adicionais para este fim", disse, citado num outro comunicado remetido ao VerAngola.

Sebastião Gaspar Martins também falou sobre a transformação que a Sonangol passou nos últimos anos, depois da criação da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) em 2019, tendo transferido o seu papel de concessionária e reguladora nacional.

"Esta transformação teve como objectivo tornar a Sonangol mais competitiva e fortalecer a sua capacidade como operadora upstream. Simultaneamente, o governo está a privatizar parcialmente a petrolífera nacional, com a privatização prevista para estar concluída em 2026. Este processo aumentará a capacidade financeira, permitindo à Sonangol avançar com novos projectos upstream", lê-se no comunicado.

Segundo o PCA da Sonangol, a transformação da petrolífera iniciou-se há vários anos: "A transformação da Sonangol começou há vários anos, quando passámos o papel de regulador e concessionária para a ANPG. Na altura, transferimos quase 600 funcionários para a ANPG. Depois disso, a Sonangol passou por um programa de reestruturação, no qual criámos cinco unidades de negócios principais a partir de 36 entidades diferentes – começando pela exploração e produção. Queremos abrir capital, mas queremos fazê-lo correctamente. Por isso, estamos actualmente a passar por todos os processos para o fazer", disse Sebastião Gaspar Martins.

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