A visão do FMI é 2,4 por cento este ano e 2,8 por cento em 2025, na semana passada o Banco Mundial apontava para um crescimento económico de 3,2 por cento este ano e 3,9 por cento em 2025, "mas as nossas previsões são de 3,3 por cento este ano e 4,1 por cento em 2025", disse Victor Hugo Guilherme em entrevista à agência Lusa em Washington, no âmbito dos Encontros Anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, que decorrem na capital norte-americana.
As previsões mais baixas do FMI explicam-se, diz o ministro, porque em termos de contagem o Governo fez "avaliações trimestrais, e o FMI e o Banco não faz, e durante o primeiro e o segundo trimestre Angola teve crescimentos de 4,6 por cento e 4,1 por cento", por isso as previsões das autoridades angolanas "vão em 3,3 por cento" este ano.
O Fundo, acrescenta, "não teve em conta o desempenho da economia angolana no primeiro semestre, quase manteve o que já tinha previsto, ao passo que o Banco Mundial está muito mais próximo, está uma décima este ano e duas décimas para 2025, se calhar porque olhou para o comportamento do primeiro semestre para projectar o próximo ano".
A nível mais geral, Victor Hugo Guilherme salientou os esforços que Angola está a fazer na diversificação da economia, ainda centrada no petróleo, e acredita que a aposta vai dar os seus frutos para que Angola esteja ao nível, ou acima, da média de crescimento do continente, que este ano deverá ser de 3,6 por cento, acelerando para 4,2 por cento em 2025.
"Está a ser feito um esforço na diversificação, aos poucos estamos a esquecer o petróleo, até porque cada vez que há uma guerra, afecta o petróleo, e estamos a dar mais foco ao sector produtivo, à questão dos transportes de carga", afirmou.
Além disso, adiantou, "está na forja a indústria transformadora, por isso estando com os níveis de agricultura como estão, e outros sectores a subir, vamos estar alinhados com as previsões do continente e se calhar até acima", vaticinou o governante, mostrando-se convicto de que "as medidas de apoio ao sector privado vão permitir que nos próximos anos a economia cresça mais".