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Governo quer país auto-suficiente na produção de milho até 2030

O secretário de Estado para as Florestas, João da Cunha, disse que, até 2030, se pretende que o país seja auto-suficiente na produção de milho. Além disso, segundo o secretário de Estado, o Estado também quer aumentar, nos próximos anos, a superfície cultivada.

: Facebook Ministério da Agricultura e Florestas de Angola
Facebook Ministério da Agricultura e Florestas de Angola  

Em declarações no âmbito de um encontro com o enviado especial para África do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Timothy Olalekan Williams, realizado na semana passada na sede do Ministério da Agricultura e Florestas, o secretário de Estado indicou que o Governo pretende que o país se torne auto-suficiente na produção de milho até 2030, colhendo aproximadamente 10 milhões de toneladas do cereal por ano.

Citado num comunicado do Ministério da Agricultura e Florestas, a que o VerAngola teve acesso, o governante informou que os assuntos discutidos no encontro "visam garantir a segurança alimentar e nutricional", tendo assim dito "que até 2030, pretende-se que Angola seja auto-suficiente na produção de milho".

Na ocasião, João da Cunha disse ainda que o Estado também quer, nos próximos anos, ver a superfície cultivada crescer para sete milhões de hectares.

"É pretensão do Estado, tendo em conta os desafios para o alcance da segurança alimentar, aumentar a superfície cultivada, saindo dos actuais cinco milhões de hectares, para os sete milhões de hectares nos próximos anos", lê-se no comunicado.

Segundo o secretário de Estado para as Florestas, "os projectos apoiados pelo BAD em Angola estão voltados para as famílias camponesas (agricultura familiar) que representam cerca de 83 por cento do sector produtivo".

O governante disse ainda que o Governo tem vindo a criar "instrumentos para o fomento das culturas do arroz, milho, soja, trigo, da produção do café arábica e robusta, bem como do cacau (...), com a projecção da sustentabilidade ambiental, arrecadação de receitas e o desafio de plantar mais de um bilião de árvores".

Já Timothy Olalekan Williams referiu que "Angola está alinhada aos objectivos traçados na cimeira de Dakar", que decorreu em Janeiro do ano passado, no Senegal, sob o lema "Alimentar África: Soberania e Resiliência Alimentares".

Disse ainda ter tomado "muito boa nota das preocupações levantadas e que estas merecerão o devido tratamento da equipa do BAD".

Segundo o comunicado, a visita do responsável do BAD visou a constatação da "implementação dos projectos em curso no sector da agricultura, analisar os desafios do Estado angolano para com o sector e identificar os eixos de intervenção e ajuda do BAD no processo de desenvolvimento da agricultura angolana".

O encontro serviu para falarem igualmente de assuntos como a "problemáticas dos fertilizantes, sementes, digitalização e a mecanização no sector agrícola, a possibilidade da construção de infra-estruturas de agroprocessamento ao longo do Corredor do Lobito, o empoderamento da juventude na agricultura, e o envolvimento do sector privado nestes projectos", refere o comunicado, que diz ainda que os dois responsáveis também falaram sobre a possibilidade de criar uma unidade de avaliação de projectos.

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