O Ministério das Pescas e Recursos Marinhos explica, em comunicado citado pela Angop, que o navio ficou paralisado para se repararem anomalias nos seus sistemas de guinchos, acrescentando que, após feitos todos os testes, a embarcação está operacional.
"Foram realizados todos os testes de mar na África do Sul, país onde foi reparado o navio, e em Angola, assegurando que os equipamentos intervencionados estão operacionais sob garantia da empresa construtora da embarcação DAMEN Shipyar", refere a tutela.
Desse modo, é já a partir desta Terça-feira que o 'Baía Farta' vai começar os trabalhos científicos, cuja iniciativa se vai dividir em duas fases: a primeira decorrerá na área Centro do país, ou seja de Luanda a Benguela, enquanto a segunda terá lugar na zona Sul, isto é de Benguela ao Rio Cunene, durante 26 dias, a partir de 1 de Outubro.
Dez investigadores do Instituto Nacional de Pescas e Investigação Marinha, sete tripulantes nacionais e dez expatriados, sob a liderança da especialista Maria Sebastião, vão participar nesta jornada, que tem em vista calcular a abundância de espécies que vivem no fundo do mar, como por exemplo cachuchos, corvinas, garoupas, entre outros.
Além disso, segundo a tutela, esta operação também vai permitir testar a resistência dos equipamentos e sistemas que foram alvo de intervenção e ainda se encontram cobertos pela garantia.
Segundo o ministério, citado pela Angop, o navio oceanográfico vai parar em Benguela e no Namibe, a fim de assegurar a presença institucional em toda a costa marítima.
A tutela enfatiza igualmente a importância de o país possuir a sua própria embarcação de pesquisa para melhorar a gestão dos recursos marinhos, corrigir práticas inadequadas e garantir uma pesca sustentável.
Recorde-se que o navio chegou ao país em 2018, tendo em 2021 sido detectadas algumas inconformidades. O navio, capaz de ter a bordo 51 pessoas, das quais 29 tripulantes e 22 cientistas, foi reparado na África do Sul.
Entre as valências do 'Baía Farta', que consegue ser autónomo durante 29 dias no mar e que teve um custo de aproximadamente 80 milhões de dólares, constam, por exemplo, quatro laboratórios, ginásio, cozinha, zona de serviço equipada com 15 monitores de comando e três computadores para comando do Sonar, entre outros, escreve a Angop.