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João Lourenço realiza visita de dois dias ao Quénia, que tem “interesse na área de Petróleo e Gás e Minerais”

O Presidente da República viaja esta Quinta-feira para Nairobi, capital queniana, onde vai realizar uma visita de dois dias. A agenda tem prevista a participação de João Lourenço no acto de celebração nacional do Quénia, assim como conversações oficiais.

: Facebook Presidência da República - Angola
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A visita ao Quénia, que acontece a convite do presidente queniano, William Ruto, tem início oficial na Sexta-feira, 20 de Outubro. Neste dia, de acordo com o secretário do Presidente da República para a Comunicação Institucional e Imprensa, Luís Fernando, citado pela Rádio Nacional de Angola (RNA), o chefe de Estado vai participar "num acto de celebração nacional em campo aberto, no Estádio de Futebol, como convidado das altas autoridades quenianas, ao lado do presidente William Ruto".

Por sua vez, no dia seguinte está prevista uma actividade no Palácio Presidencial, em Nairobi, "com conversações entre os dois chefes de Estado e respectivas delegações". Nesse dia, vai também haver uma homenagem ao "pai fundador do Quénia", Jomo Kenyatta, onde João Lourenço assinalará presença no seu Mausóleu.

O regresso de João Lourenço a Angola está previsto para Sábado.

Quénia com "interesse na área de Petróleo e Gás e Minerais"

Andrew Mujivane, encarregado de negócios da Embaixada do Quénia em Angola, expressou o interesse do Quénia na área de Petróleo e Gás e Minerais. De acordo com o responsável, Angola "desenvolveu muita experiência neste sector", pelo que o "Quénia pode aprender com Angola".

"Temos interesse na área de Petróleo e Gás e Minerais. Sabemos que Angola desenvolveu muita experiência neste sector, porquanto é um dos maiores produtores de petróleo do continente e o Quénia pode aprender com Angola", disse, em entrevista à Angop.

Andrew Mujivane disse terem descoberto "recentemente petróleo" no país, mas não possuem a capacidade de Angola, acrescentando: "Acreditamos que, com a perícia de Angola, podemos desenvolver este sector".

"No nosso espírito de desenvolvimento de África, nos questionamos porque importamos o petróleo e derivados distante, ao invés de irmos buscar em Angola", adiantou, em declarações à Angop.

Entre outros aspectos, o responsável também falou sobre algumas vantagens que o Quénia pode levar para Angola. "Uma das áreas é a agricultura. Queremos ajudar no programa de diversificação económica levado pelo Governo de Angola. A agricultura é um motor no desenvolvimento da economia. Esta área é fulcral para o desenvolvimento e melhoria das condições de vida das nossas populações e queremos que o mesmo aconteça em Angola", afirmou.

Assim, continuou: "O sector agrícola é a 'espinha dorsal' da economia queniana, empregando 70 por cento da população rural e representando cerca de 65 por cento das receitas de exportação, com uma quota de 35 por cento no PIB. Temos experiência no cultivo de vários produtos de exportação, tornando o Quénia líder a nível do continente, como o chá, café, flores, cereais, entre outros. O nosso governo quer transferir o 'know-how' para impulsionar o crescimento deste sector em Angola".

Nesse sentido, o responsável disse à Angop que "empresários quenianos do ramo agrícola visitaram recentemente várias províncias do país, onde constataram haver potencial suficiente para alavancar a produção agrícola, tendo, inclusive, identificado áreas de investimento nas províncias de Malanje e Moxico".

Na entrevista à Angop, entre várias outras matérias, também foi mencionada a ligação aérea Luanda-Nairobi. "Voar directo para Luanda para nós os quenianos foi o nosso orgulho, mas a pandemia atingiu a companhia aérea que teve de suspender várias rotas em 2020", afirmou, acrescentando que se "recomeçou algumas destas rotas e outras estão em processo", sendo que "Angola é uma das linhas" que estão a "negociar com a Kenya Airways para que recomece com os voos para Angola".

"Mas nós também nos perguntamos por que a TAAG não voa para Nairobi, pois é igualmente uma oportunidade. Vi que recentemente a TAAG adquiriu novas aeronaves, seria benéfico para as pessoas que a TAAG voasse para Nairobi e a Kenya Airways retomasse os voos para acabar com esta lacuna. Certamente, este é um dos assuntos que estarão na agenda das discussões em Nairobi", acrescentou, em declarações à Angop.

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