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Sonangol oficializa contratos para construção da Refinaria do Lobito. Investimento ascende aos seis mil milhões

O Governo assinou com a empresa chinesa CNEC o contrato de construção da Refinaria do Lobito, província de Benguela, com um valor global de investimento de seis mil milhões de dólares. Com um valor inicial de 12 mil milhões de dólares, o projecto teve uma redução de investimento de 50 por cento, e deverá ser executado em 40 meses.

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A petrolífera estatal assinou esta Sexta-feira o contrato de Engenharia, Aprovisionamento e Construção com a empresa chinesa China National Chemical Engineering (CNCEC), o Contrato de Supervisão da Construção do Projecto com a empresa americana KBR, e o contrato de Serviços de Consultoria para Suporte Técnico com a empresa angolana DAR.

O projecto, cuja fase de preparação decorreu entre 2012 e 2016, e passou por uma otimização no período entre 2018 e 2021, arranca ainda este ano.

Em declarações à imprensa, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, disse que a Refinaria do Lobito, com uma capacidade de processamento de 200 mil barris diários, é um projecto estratégico para o país e para a região.

Apesar da conjuntura mundial, frisou o ministro, o Governo está decidido a realizar o projecto, pela sua importância para a economia do país e para a diversificação económica.

Diamantino Azevedo destacou que foram revistos os estudos do ponto de vista técnico e económicos, conseguindo-se “uma redução significativa”. “Temos em princípio agora um custo estabelecido a rondar os seis mil milhões de dólares para a construção do projecto”, frisou.

Relativamente à participação da vizinha República da Zâmbia, que manifestou também interesse em participar deste projecto, o governante avançou que continuam as discussões com o Governo zambiano “para ver se efectivamente a manifestação de interesse se concretiza”.

“Há também outros países da nossa região que estão a olhar para a possibilidade de poderem vir ser accionistas desse projecto, vamos continuar a conversar com esses países e no devido momento poderemos dar mais informações”, anunciou o ministro.

Durante o acto de assinatura dos contratos, Diamantino de Azevedo orientou a Sonangol para iniciar de imediato um estudo de viabilidade para a construção de uma componente química, para aproveitamento dos subprodutos da refinaria.

“Os hidrocarbonetos (petróleo e gás) não servem só para combustível, hoje muitos produtos da nossa vida diária e de várias indústrias provêm dos hidrocarbonetos, e podemos aqui nesta refinaria estudar a possibilidade de um aproveitamento dos subprodutos dos derivados de petróleo, que surgirão no processo de refinação, para podermos construir uma indústria petroquímica”, salientou.

O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás realçou que, tendo em conta que a empresa chinesa é também especializada na construção da indústria petroquímica, a Sonangol deverá aproveitar esta experiência, “para que se aprofunde estudos no sentido da viabilidade económica de se instalar também a componente petroquímica”.

Segundo o titular da pasta dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, a orientação foi pública para “engajar mais as duas empresas e para conhecimento de que se está a trabalhar neste sentido”.

Um projecto conjunto entre a Sonangol e uma empresa privada angolana, anunciou ainda Diamantino de Azevedo, está a ser realizado para a construção de uma fábrica de amónia, um dos componentes principais para os fertilizantes, e ureia no município do Soyo, província do Zaire, tendo como matéria-prima o gás.

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