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Sonangol: “Procuramos parceiros de exploração e produção para aumentar a produção. Temos os recursos”

Osvaldo A. Inácio, membro do Conselho Executivo da Sonangol, disse que a empresa procura parceiros com o intuito de aumentar a produção. O responsável enfatizou que têm os “recursos no terreno”, sendo só preciso “bombear para impulsionar o crescimento da indústria”.

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Segundo um comunicado remetido ao VerAngola, o posicionamento foi manifestado durante uma apresentação e um painel de discussão concretizado no evento 'Invest in Angola side' realizado no segundo dia da conferência da Semana Africana da Energia (AEW), na Cidade do Cabo, onde o responsável expôs oportunidades de investimento na indústria nacional de petróleo e gás, bem como "a Sonangol como um parceiro fiável para investidores globais que procuram retornos massivos e sustentáveis nos investimentos energéticos".

Segundo Osvaldo A. Inácio, a empresa, que reformou a sua "missão, visão e valores para assegurar o desenvolvimento sustentável do sector energético angolano para impulsionar o desenvolvimento de recursos e a monetização para a segurança energética e o crescimento económico", traduz-se na empresa perfeita para firmar parcerias com investidores que procuram apostar num mercado energético estável e num ambiente político.

"Desempenhámos um papel crucial no posicionamento de Angola como o maior produtor africano de petróleo bruto, com a Sonangol a deter 17,5 por cento da produção total do país e a assegurar 4,2 milhões de toneladas de produtos refinados para satisfazer a procura local. Temos grandes objectivos, a nossa ambição é aumentar a produção, a monetização e o desenvolvimento do gás e criar Angola como um centro de refinação regional", disse.

"Com os objectivos que estabelecemos, procuramos parceiros de exploração e produção para aumentar a produção. Temos os recursos no terreno, só precisamos de bombear para impulsionar o crescimento da indústria", acrescentou.

Aproveitou ainda para mencionar a transição energética: "Quanto à transição energética, ela está lá, mas precisa de ser feita de uma forma justa e justa, pelo que precisamos de continuar a investir na exploração, mas de uma forma mais limpa. As oportunidades para os interessados em investir na exploração incluem nos blocos 406 e 506, onde temos estacas disponíveis para agarrar", indicou, citado na nota.

Falando sobre as oportunidades na indústria do gás, enquanto a petrolífera de bandeira "procura tornar-se um actor chave para apoiar o consumo local e as exportações", o responsável fez uma revisão de alguns projectos que a petrolífera tem em curso.

Assim, destacou o facto de a Sonangol ter rubricado uma nova concessão de gás, onde tem uma grande participação, e que procura parceiros e investidores para poder acelerar o desenvolvimento.

"O país está aberto ao investimento para o gás, mesmo para a energia solar, e convidamos os investidores. Avançámos para o desenvolvimento do gás em Opaya, no lado norte do país, onde estamos a construir uma fábrica de fertilizantes que utilizaremos o gás para alimentar. Somos participantes no New Gas Consortium e parceiros no Projecto Sanha Lean Gas", indicou.

"Angola tem vindo a importar muitos produtos refinados e queremos mudar isso, razão pela qual temos três projectos de refinaria actualmente em curso. O Lobito vai ser uma mudança de jogo para o país onde estamos à procura de investidores interessados em juntar-se a nós. Estamos a agarrar parceiros à medida que avançamos para evitar atrasos. As três refinarias somarão no total 450.000 barris de energia por dia, o que significa que vai haver espaço para exportações em toda a região. Estamos também a discutir gasodutos com países regionais. Tivemos uma boa conversa com o Afreximbank sobre o financiamento destes projectos", acrescentou, citado na nota.

Mencionou igualmente a estratégia de energias renováveis da Sonangol: "Ainda não estamos a desistir do petróleo, não apenas por enquanto iremos para o gás e passaremos às energias renováveis para combater a pobreza energética no país e impulsionar o crescimento económico. Planeamos desenvolver 1000 MW de energias renováveis até 2030".

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