Tratam-se da central fotovoltaica de Caraculo (Namibe), cuja construção já se encontra em curso, e da central fotovoltaica da Quilemba (Huíla), que ainda está a ser estudada.
Manuel Barros, presidente da Comissão Executiva da Unidade de Negócio de Gás e Energias Renováveis (UNGER) da Sonangol, fez saber que o projecto de Caraculo permitirá 'iluminar' mais de 7000 habitações naquela localidade, no arranque do próximo ano, bem como possibilitará reduzir o consumo de gasóleo.
A ser instalado num perímetro de 33 hectares, este projecto – que conta com um investimento de 42 milhões de dólares, garantidos pela Solenova, uma sociedade composta pela Sonangol e Eni – será capaz de produzir 50 megawatts de energia, dos quais metade na fase inicial e os restantes 25 megawatts na segunda fase, reiterou o responsável, citado pela Angop.
Já sobre o projecto da Quilemba, Manuel Barros indicou que, no âmbito da estratégia das energias renováveis abraçada pela petrolífera de bandeira, se está a estudar a sua implementação.
Projectado para um espaço de 55 hectares, este projecto será capaz de produzir até 100 megawatts, cujo 49 megawatts na fase inicial.
Assim, avançou que esta central – que envolve três empresas, entre as quais a Sonangol e Total Energy – fará chegar electricidade a mais de 7500 habitações naquela localidade.
Considerou que o projecto trará "grandes benefícios" para o país, no âmbito da transição energética: "Este projecto traz grandes benefícios para o nosso país, no processo de transição energética, com impacto na redução das emissões de gases de efeito estufa", disse, citado pela Angop.
Feitas as contas, os dois projectos vão pemitir 'iluminar' cerca de 14.500 casas nas localidades de Caraculo e da Quilemba.
As informações foram prestadas no painel sobre "Transição Energética", que aconteceu nas sessões técnicas que precedem o VII Conselho Consultivo do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás.
Assim, na ocasião, Vladimir Machado, director-geral do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (CPD) da Sonangol, abordou a produção de hidrogénio verde, indicando que se prevê que a fábrica para a sua produção seja instalada no terminal oceânico da Barra do Dande, escreve a Angop.
