As verbas são provenientes de um fundo de auxílio ao Governo de Angola, para responder aos problemas de malnutrição provocados pela seca severa que atinge a região, tendo o financiamento sido aprovado a 23 de Setembro.
O Bié é a província nacional com a maior prevalência de desnutrição crónica, com 51 por cento, muito acima da média nacional de 38 por cento, de acordo com indicadores citados no comunicado do BAD.
No terceiro trimestre de 2018, o Ministério da Agricultura e Florestas e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) fizeram uma avaliação sobre situações de insegurança alimentar e nutricional nas províncias de Cunene, Huila, Namibe, Benguela e Bié.
No Bié, a equipa de avaliação entrevistou 360 famílias e examinou aproximadamente 600 crianças entre os seis meses e os quatro anos de idade, constatando que a situação de insegurança alimentar e nutricional era crítica, de acordo com os padrões da Organização Mundial de Saúde, com desnutrição grave superior a 15 por cento.
A intervenção do banco visa complementar um programa de alimentação suplementar para famílias vulneráveis com crianças entre os seis meses e os quatro anos de idade, nos municípios mais atingidos pela seca no Bié, Cuito e Nharea.