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Sistec apresenta nova solução de comunicação para tirar municípios do “mapa de isolamento”

A Sistec apresentou uma nova solução de comunicação via satélite que pode ajudar os municípios que ainda não contam com serviços de telefonia móvel a saírem do “mapa do isolamento”. Trata-se de um rádio ‘walkie-talkie’ que opera via satélite e que se diferencia pela sua capacidade virtualmente ilimitada em qualquer local do país ou até mesmo do mundo.

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A apresentação desta solução foi feita na 5.ª edição da Feira dos Municípios e Cidades de Angola, tendo, na ocasião, Ricardo Fernandes, director de marketing da empresa, indicado que estes rádios satélites apresentam vantagens, pois possibilitam determinar áreas onde se pretende comunicar, devido à ausência da rede de telefonia móvel.

Segundo o director, este sistema foi bastante procurado no stand da empresa, pois não é tão restrito como os outros rádios de ondas.

"Por incrível que pareça, podemos escolher uma zona aqui no território nacional e outra pode estar nos Estados Unidos da América, e falar com o rádio walkie-talkie dentro dessa mesma área", esclareceu o responsável, que, a título de exemplo, comparou o mapa de cobertura mínima desta solução ao dobro do tamanho do território do Namibe.

"Imagine que no Namibe tenhamos povoações isoladas do resto da província, em zonas onde não chega a rede de telefonia móvel nem electricidade. Se essas povoações tiverem um rádio destes, podem chamar instantaneamente auxílio numa situação de emergência", considerou Ricardo Fernandes, em declarações à Angop.

"É um investimento numa solução que funciona ininterruptamente e que permite às populações terem capacidade de se comunicar entre elas e não estarem isoladas", referiu, acrescentando que além da Feira dos Municípios e Cidades de Angola, a empresa também vai lançar este sistema de telecomunicações na Expo-Huíla, que começa na próxima semana.

Além de soluções no campo das comunicações, disse que também se encontram à disposição soluções de energia solar para alguns municípios onde a rede de electricidade pública não está acessível, tendo em vista diminuir o seu isolamento.

A Sistec, adiantou, pretende auxiliar as comunidades mais remotas a alcançarem mais conforto, visto que essas soluções solares também podem ser ligadas a uma bomba de água, possibilitando que uma pequena aldeia sem acesso a electricidade consiga igualmente obter água através de furos para as necessidades essenciais.

Por esse motivo, destacou o interesse de algumas administrações municipais, que têm vindo a adquirir esses sistemas, conforme têm oportunidade para isso, escreve a Angop.

"Estas soluções criam condições como congelar alimentos ou filtrar a água, que é muito difícil encontrar em povoações que não têm acesso à energia", afirmou, acrescentando que uma solução de energia solar mínima de um kilowatt custa cerca de dois milhões de kwanzas, o que é suficiente para aparelhos domésticos funcionarem.

Além disso, acrescentou, as soluções solares possuem uma vida útil mínima de 15 anos e são fáceis de manter, já que apenas necessitam que seja limpo o pó dos painéis.

Entre outros aspectos, indicou ainda que a Sistec também tem soluções voltadas para gerir o tráfego, como por exemplo semáforos solares: "É algo que já temos vindo a apresentar paulatinamente. Já começamos a instalar os semáforos no Lubango (Huíla) e estamos a apostar também noutras províncias que já estão a finalizar a aquisição dos equipamentos para posterior instalação", indicou, citado pela Angop.‎

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