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Ambiente

Governo admite paragens da Angola LNG em 2020 e 2021 por insuficiência de gás

A empresa de recuperação e processamento de gás natural Angola LNG (ALNG), baseada no Soyo, província do Zaire, pode ser obrigada a parar em 2020 e 2021 por não dispor de fornecimento de gás suficiente, disse o ministro dos Petróleos.

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“A Angola LNG enfrenta neste momento uma situação crítica no que diz respeito ao fornecimento de gás à fábrica e que poderá levar à sua paragem em 2021 ou 2022”, afirmou Diamantino de Azevedo na assinatura do acordo com o Novo Consórcio do Gás, que junta a Sonangol à Chevron, Total, BP e Eni, que vai fornecer gás à ALNG.

Sublinhou que o único projecto existente de utilização de gás natural para fins industriais em Angola (ALNG) terá um papel fundamental na promoção desta indústria, mas precisa de apoio governamental “para que possa sobreviver e poder ter esse papel dinamizador”.

O projecto Angola LNG é o único no mundo que foi concebido para receber gás associado aos blocos e campos petrolíferos. No entanto, o gás associado proveniente da produção petrolífera só seria suficiente para alimentar a central durante os anos iniciais. Posteriormente a unidade passaria a ser alimentada com os campos de gás não associado.

Esta característica da ALNG “acabou por causar problemas vários durante a fase de arranque da planta e atrasos substanciais (superiores a quatro anos) no início da sua fase de operação regular”, indicou o titular da pasta dos Recursos Minerais e Petróleo.

Diamantino de Azevedo afirmou que a utilização das infraestruturas actualmente existentes no Soyo deve ser maximizada, entre as quais a própria instalação da ALNG, que processa não só o gás posteriormente enviada para liquefação e transformado em LNG, mas também o gás doméstico, incluindo os 125 milhões de pés cúbicos disponibilizados à Sonangol para a utilização que o estado determinar.

“Menor volume para gás doméstico significará menor geração de energia eléctrica no ciclo combinado e impactos directos e indirectos na economia nacional”, realçou.

Depois de resolvidas as necessidades de gás para o Angola LNG também deve ser do interesse nacional canalizar todo o gás que venha a ser descoberto na região norte do país para a região do Soyo onde já existe a infraestrutura montada, continuou.

O governante salientou que é “absolutamente fundamental que o país conheça o melhor possível os seus recursos de gás natural”, considerando que a avaliação do potencial de gás “é uma tarefa de elevada complexidade” e com custos significativos que deve ser realizada “por empresas da indústria petrolífera com capacidade técnica e financeira reconhecida”.

Segundo Diamantino de Azevedo, o Novo Consórcio de Gás (NCG) formado pelas empresas actualmente accionistas da Angola LNG “será o embrião para o desenvolvimento dos recursos de gás natural não associado e, consequentemente, irá agregar valor ao sector petrolífero e garantirá o fornecimento contínuo de gás ao ALNG”.

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