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Angola importou cinco milhões em combustíveis por dia em Agosto

Angola, o segundo maior produtor de petróleo bruto em África, gastou cinco milhões de euros por dia para importar combustíveis em Agosto, segundo dados compilados pela Lusa a partir de um relatório do banco central.

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De acordo com o documento do Banco Nacional de Angola (BNA), além da importação de combustíveis – necessária devido à reduzida capacidade de refinação no país, centrada apenas em Luanda – no valor de 175,12 milhões de dólares, o nosso país necessitou ainda de importar 327 milhões de de bens alimentares.

Só para garantir a compra de carne ao exterior, o BNA teve de garantir 66,2 milhões de dólares em divisas, no mês de Agosto, e para a importação de cereais mais 38,2 milhões de dólares.

No total, as importações atingiram em Agosto os 1.300 milhões de dólares, segundo a informação do BNA.

As importações de alimentos ascenderam em 2017 ao equivalente a mais de 7,5 milhões de euros por dia, pressionando as Reservas Internacionais Líquidas (RIL), que já estão em mínimos de vários anos, cotadas actualmente em cerca de 12.000 milhões de euros (menos de metade face a 2014).

De acordo com dados tornados públicos no final de Junho pelo governador do BNA, só no primeiro trimestre de 2018 o país já necessitou de importar 560 milhões de dólares em alimentos.

“Apesar de representar uma queda de 30 por cento comparativamente ao mesmo período de 2017, se guiados pela procura, que se mantém alta, no final do presente ano poderemos não estar muito longe dos cerca de 3,3 mil milhões de dólares de importação de alimentos verificada em 2017”, alertou José de Lima Massano.

“A consciencialização das nossas limitações deve ser geral para que, em conjunto, as possamos superar. Temos ainda uma procura por divisas elevada para cobertura de importação de bens que o país tem condições de produzir”, alertou o governador.

José de Lima Massano acrescentou que a procura mensal de divisas para matéria-prima para o sector não petrolífero está ainda acima de 300 milhões de dólares, mas que essa procura “poderia ser atendida com produção interna, particularmente no sector das bebidas”.

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