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Ambiente

Angola vai ter mais 3600 megawatts de electricidade em produção em 2017

O Presidente garantiu que o país vai contar com mais quase 3600 MegaWatts (MW) de electricidade a partir de 2017, tendo em conta o andamento dos Projectos Estruturantes de Investimento Público aprovados durante o actual mandato.

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José Eduardo dos Santos discursava na Assembleia Nacional, em Luanda, sobre o Estado da Nação, durante a sessão solene de abertura da quinta sessão legislativa da III legislatura, a última antes das eleições gerais de 2017, tendo enfatizado o "bom ritmo" na conclusão de três projectos de produção eléctrica daquele programa.

É o caso da conclusão da segunda fase da obra na barragem de Cambambe, cujo alteamento vai garantir uma potência adicional de 780 MW, face aos actuais 180 MW, da construção da nova barragem de Laúca, também no rio Kwanza e a terminar no próximo ano, com uma potência de 2067 MW, bem como da Central do Ciclo Combinado do Soyo, utilizando gás natural para gerar uma potência de 750 MW, "também a partir do próximo ano".

"Este impressionante aumento da potência eléctrica é associado ao esforço gigantesco que está a ser feito para aumentar a produção de água potável e do sistema de Telecomunicações e dos Transportes, para apoiar o desenvolvimento da produção e melhorar o acesso das famílias a esses bens, garantindo a transformação da estrutura económica nacional", enfatizou José Eduardo dos Santos, no último discurso sobre o Estado da Nação do actual mandato (2012-2017).

Com um forte défice de produção de electricidade face às necessidades, o que leva a constantes constrangimentos no fornecimento, o nosso país enfrenta ainda a inexistência de redes para abastecer as zonas mais rurais e grande parte das cidades são abastecidas por geradores a gasóleo ou gasolina.

O recenseamento da população realizado em 2014, cujos dados finais foram revelados no final de Março último, concluiu que o acesso à rede de electricidade é apenas garantido a 1,7 milhões de casas (31,9 por cento), quase exclusivamente em zonas urbanas, já que na área rural apenas 48.173 agregados familiares são servidos.

O estudo identifica que praticamente ao nível da rede eléctrica nacional (essencialmente nos grandes centros), as lanternas são a segundo principal fonte de iluminação. Servem mais de 1,752 milhões de famílias (31,6 por cento) em Angola. Seguem-se em alternativa os candeeiros (14,3 por cento) e os geradores (9,3 por cento).

Na sua intervenção de hoje, José Eduardo dos Santos sublinhou que Angola registou um "crescimento apreciável" do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), "graças em grande parte às melhorias verificadas nos domínios sanitário e educacional".

"O IDH do povo angolano está, por exemplo, acima da média dos países da África subsariana", destacou.

Acrescentou que o objectivo é levar Angola, até 2025, ao grupo dos países de Desenvolvimento Humano Elevado. "Por essa razão o combate à pobreza é, de facto, uma prioridade do Governo, e tem sido positivo o ritmo da sua redução. Mas é importante que haja um reforço e alargamento das medidas que, directa ou indirectamente, podem contribuir ainda para a sua maior redução", disse ainda José Eduardo dos Santos.

O chefe de Estado e líder do Governo recordou que foi adoptado um Programa de Formação e Redistribuição do Rendimento, "a fim de criar condições que possibilitem uma maior inclusão social", utilizando "de forma articulada e convergente os principais instrumentos de política de redistribuição do rendimento", como a Política Tributária e a Despesa Pública, em sectores sociais e segurança social. "Visando uma repartição mais justa da riqueza e do rendimento e um nível de bem-estar mais elevado", concluiu.

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