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Angola quer um aterro sanitário por província até 2020

O Governo prevê a construção de aterros sanitários em todas as 18 capitais de província do país, até 2020, sete dos quais estão já em fase de execução, informou a ministra do Ambiente, Fátima Jardim.

O País:

A governante falava no final da reunião conjunta das comissões Económica e para a Economia Real do Conselho de Ministros, realizada hoje em Luanda, sob orientação do Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, e que aprovou o Plano Estratégico para a concretização do Modelo de Aterros Sanitários no país. "Não podemos continuar com as lixeiras", enfatizou a ministra do Ambiente.

De acordo com Fátima Jardim, já estão em curso os processos para a construção dos aterros nas províncias de Cabinda, Huambo, Cuando Cubango, Huíla, Malange, Cuanza Norte, além de Luanda, servindo esta última de modelo para o plano. No total serão construídos 20 aterros sanitários em todo o país.

No âmbito deste plano, cujo investimento não foi revelado, a população também será alvo de campanhas de sensibilização para a separação de resíduos e seu reaproveitamento, através de novas indústrias de reciclagem.

De igual forma será desenvolvido um modelo de actuação para as empresas que vão assegurar a recolha e tratamento de resíduos sólidos, através de contratos de concessão, à semelhança do que acontece em Luanda.

"Isto é um repto que vamos ter até 2020, temos tempo para pensar positivo. Mas temos sobretudo tempo para melhorar a prestação de serviços, a qualidade de vida das populações e também o desempenho institucional dos envolvidos na gestão dos resíduos urbanos", apontou Fátima Jardim.

O modelo assenta em três aterros sanitários só em Luanda, província com 6,9 milhões de habitantes, e com a concessão da recolha a empresas públicas e privadas, adaptando-o para as restantes províncias.

A Lusa noticiou a 19 de Maio que o secretário de Estado do Ambiente angolano, Syanga Abílio, vai presidir a uma comissão responsável pela construção de aterros e várias infra-estruturas para gestão de resíduos em Luanda.

Em causa está um novo modelo de limpeza e de gestão dos resíduos defendido para a capital angolana, que esteve a braços com uma crise de lixo entre Agosto de 2015 e Abril passado, devido aos cortes orçamentais nesta área e que levaram à redução do serviço prestado pelas empresas privadas de limpeza.

Esta acumulação de lixo pelas ruas da província de Luanda, fortemente contestada pela população, coincidiu com epidemias de febre-amarela e de malária, com perto de meio milhão de pessoas afectadas, na capital.

Por despacho, o Presidente José Eduardo dos Santos, autorizou a abertura de um procedimento de negociação para a construção e gestão de centrais de tratamento e valorização de resíduos, de estações de transferência e de aterros, além da implementação de serviços de limpeza pública em Luanda.

A medida é justificada pela "necessidade urgente de se implementar um modelo sustentável de limpeza urbana na cidade de Luanda, para fazer face à situação que a mesma atravessa", lê-se no despacho.

Para acompanhar a execução destes projectos - não foram divulgadas previsões de investimento -, foi criada a comissão de avaliação presidida pelo secretário de Estado do Ambiente e integrando elementos do governo provincial de Luanda, do Governo central e da Empresa de Saneamento e Limpeza de Luanda (Elisal).

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