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Governo de Luanda realiza mais de 100 funerais de mototaxistas por mês

O governo provincial de Luanda disse que realiza mensalmente mais de 100 funerais de mototaxistas, vítimas de acidentes de viação, cujos cadáveres não são reclamados pelas suas famílias num período de 30 dias.

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A informação foi avançada pelo vice-governador provincial de Luanda para o sector económico, Gilson Carmelino, num encontro com a polícia e a Associação Motoqueiros e Transportadores de Angola (Amotrang), depois do anúncio sobre a medida que vai proibir a circulação de mototaxistas nas principais ruas da capital.

Gilson Carmelino manifestou a grande preocupação das autoridades com esta situação, vincando a necessidade de se evitarem as mortes decorrentes de acidentes envolvendo estes profissionais, com um registo no primeiro trimestre deste ano de mais de 300 óbitos.

"Em termos de números, a morgue central de Luanda tem mensalmente realizado mais de 110 funerais de mototaxistas e outros, mas com maior incidência para esta classe", disse o governante, salientando que a maioria das vítimas são naturais de outras províncias do país.

Segundo Gilson Carmelino, com a medida recentemente anunciada, ainda em fase de sensibilização, o governo provincial pretende garantir segurança aos jovens que exercem essa actividade, com idades entre os 17 e os 35 anos, os quais representam cerca de 95 por cento dos mototaxistas.

"As medidas foram publicadas e neste momento estamos num período de sensibilização, portanto, ainda não é de aplicação das medidas. Os nossos efectivos da Polícia Nacional estão informados e preparados para fazerem a sensibilização e não aplicarem qualquer medida de restrição", realçou.

"Os nossos mototaxistas devem continuar a exercer a sua actividade sem qualquer restrição, mas devem começar a acatar as orientações para que tenhamos uma trafegabilidade nas nossas estradas sem mortes, sem sangue, sem feridos. Precisamos garantir o bem vida dos nossos mototaxistas, que têm uma grande influência na transportação de pessoas e bens", acrescentou.

O governo da província de Luanda decidiu proibir a circulação de veículos ciclomotores, motociclos, triciclos, quadriciclos e camiões nas principais estradas da província, devido à elevada taxa de acidentes e mortes, o que levou mototaxistas a reagirem ao anúncio, com a realização de um protesto, quinta-feira, em várias ruas do centro da cidade.

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