Pertencendo à colecção privada do português Elísio Romariz dos Santos Silva, segundo a Angop, estas peças acabaram por ser vendidas em leilão, nesta Segunda-feira, pelos herdeiros do português, que morou muitos anos em Angola.
O retorno destas 36 peças a 'casa', vai contribuir para o enriquecimento do acervo cultural nacional, ressalvando igualmente o património do país, conforme um comunicado da Embaixada de Angola em Portugal, citado pela Angop.
Segundo a embaixada, o seu empenho em recuperar o maior número de peças desta colecção, integra-se no esforço a nível nacional de que as gerações futuras consigam interagir directamente com o artesanato nacional desenvolvido nas décadas de 50, 60 e 70 e acabem por reforçar as suas raízes culturais.
Uma máscara 'Mwana Pó', adianta a embaixada, foi uma das peças que o Estado não conseguiu arrebatar, por causa do alto valor de licitação, situado nos 110 mil euros.
Segundo dados citados pela Angop, o Museu do Dundo acabou por ser o local onde Elísio Romariz dos Santos Silva desenvolveu os contactos que possibilitaram o aprofundamento do seu interesse pela cultura de Angola, sendo que também participou na criação do Museu de Etnografia do Lobito.
Além de peças de Angola, o referido leilão contou igualmente com peças de países como a República Democrática do Congo, África do Sul, Moçambique, Guiné Bissau e Libéria.