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Fitch: Angola cresce 3,5 por cento este ano, mas abranda para 1,8 por cento em 2023

A consultora Fitch Solutions considera que a economia de Angola vai crescer 3,5 por cento este ano, o ritmo mais rápido desde 2014, mas depois abrandará para 1,8 por cento em 2023 devido à quebra no petróleo.

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"O forte crescimento de Angola este ano dificilmente vai prolongar-se para 2023, já que a produção petrolífera deverá regressar à tendência decrescente", lê-se numa análise às maiores economias da África subsaariana, região que deverá ver o PIB deste ano expandir-se 3,3 por cento, abrandando face aos 4,4 por cento do ano passado.

"Prevemos uma redução do crescimento na África subsaariana este ano, num contexto em que a inflação elevada limita a despesa das famílias e uma procura externa em abrandamento influencia as exportações", dizem os analistas desta consultora detida pelos mesmos donos da agência de notação financeira Fitch Ratings.

Na análise, enviada aos clientes e a que a Lusa teve acesso, a Fitch Solutions diz que "em 2023 o crescimento deverá aumentar para 3,7 por cento, com as pressões sobre os preços a abrandarem e a procura da China a recuperar".

Sobre Angola, os analistas escrevem que "o crescimento do PIB acelerou de 2,4 por cento no último trimestre do ano passado para 2,6 por cento no primeiro trimestre deste ano, parcialmente impulsionado pelo sector petrolífero".

Até final do ano, a expansão do PIB deve acelerar, levando o conjunto da riqueza nacional a aumentar 3,5 por cento, o crescimento mais rápido desde 2014, essencialmente "à custa de ganhos maiores no sector petrolífero, devido à aceleração da produção em vários pequenos projetos operados pela TotalEnergies e pela BP, que potenciam as exportações".

Para este ano, a Fitch Solutions antecipa que a inflação baixe de 25,7 por cento, em 2021, para 20 por cento, o que "abranda a pressão sobre o poder de compra nos consumidores", mas alerta que, apesar da descida da inflação para 14 por cento no próximo ano ser positiva para as despesas dos consumidores, a previsão é que a produção petrolífera baixe 3,5 por cento devido ao crónico desinvestimento e à secagem dos poços, o que fará com que o crescimento do PIB real abrande para 1,8 por cento em 2023".

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