Datado de 5 de Setembro, o documento, a que o O País teve acesso, indica que do valor em causa (695,114 milhões), a grande maioria (638 milhões) será utilizada para custear os custos de ligação do aeroporto à Via Expresso, enquanto que a restante verba (56 milhões) será destinada a trabalhos de reabilitação e ampliação do troco A4 – Via Expresso.
Da mesma forma, o Presidente José Eduardo dos Santos autorizou o ministro dos Transportes a realizar o contrato de realização da empreitada à empresa chinesa China Tiesiju Engineering Group. Também o Ministério das Finanças foi autorizado a proceder ao enquadramento de contratos tendo em conta as facilidades de crédito com instituições chinesas. É ainda permitida a assinatura de acordos individuais de crédito.
A construção do novo aeroporto de Luanda arrancou em 2004 e a sua conclusão está prevista para Março de 2017. A primeira fase de construção ficou concluída em 2012. O projecto é financiado por fundos chineses englobados na linha de crédito aberta por Pequim para permitir a reconstrução de Angola.
Situado 40 quilómetros a sudeste do centro da capital, no município de Icolo e Bengo, o novo aeroporto contempla um terminal com 160 mil metros quadrados e outro de mercadorias, de 6,2 mil metros quadrados, que permitirá escoar 35 mil toneladas por ano. Está implantado numa área de 1324 hectares e terá duas pistas duplas com capacidade para a aterragem do maior avião comercial do mundo, o Airbus A380. A pista norte do aeroporto terá 4200 metros de comprimento, enquanto a sul, 3800 metros, cada uma delas com 60 metros de largura. A nova infra-estrutura está a ser projectada para um tráfego de 13 milhões de passageiros por ano e receberá 12 pontes aéreas.
