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Ambiente

Aumento de cinco por cento do barril de petróleo beneficia cofres do Estado

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) decidiu que em 2017, a produção de petróleo que controla, vai diminuir dos actuais 33,2 milhões de barris por dia para cerca de 32,5, uma decisão histórica que fez o preço nos mercados internacionais subir mais de cinco por cento.

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Reunidos Quarta-feira em Argel, os 14 países-membros da organização concordaram em congelar a produção de petróleo, contra todas as perspectivas da esmagadora maioria dos analistas, disparando o preço nos mercados internacionais, sendo Angola um dos maiores beneficiários deste acordo.

Os analistas foram unanimes em considerar a decisão histórica, não poupando nos adjectivos para a mensurar, desde "excepcional" a "inesperada", de acordo com o Novo Jornal.

Depois de contas feitas, percebe-se que este acordo tem alguns vencedores e, entre eles, a Arábia Saudita que, sem mexer na sua excepcional e barata produção, junta para já cinco por cento ao barril, e Angola, porque este disparar do preço é uma preciosa ajuda para as contas da Sonangol, sendo que a petrolífera nacional está a atravessar claras e pesadas dificuldades na sua contabilidade, como alguns exemplos recentes o demonstram.

Como a consultora Wood Mackenzie avançou em relatório de há três semanas, e que depois a Presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Isabel dos Santos, retomou em Itália, este acordo deverá acelerar as expectativas de crescimento dos preços fundeadas na convicção de que os baixos valores dos últimos anos geraram menos procura por reservas, por não se justificar grandes investimentos, criando condições para que a procura supere a oferta num prazo de três a quatro anos.

Em contas simples, pode-se dizer que uma subida sem contrapartidas imediatas de mais de cinco por cento por barril, nos cerca de 1, 75 milhões de barris por dia produzidos em Angola, até ao início de 2017, ano em que também o país deverá ser chamado a contribuir para alimentar a descida na produção, perfaz uma soma considerável e é uma folga extra para as contas da Sonangol e para o provimento de receitas para o Estado.

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