A China e a Coreia do Sul tinham destronado Portugal como principal fornecedor das importações angolanas, segundo a análise do Instituto Nacional de Estatística (INE) de Angola ao primeiro trimestre de 2015.
No documento referente ao segundo trimestre, consultado pela Lusa, Portugal surge de novo em primeiro lugar nas importações angolanas da lista do INE, com um valor global de 67.239 milhões de kwanzas. Trata-se de uma quebra de 20 por cento face ao mesmo período de 2014 e de 4 por cento em relação aos primeiros três meses do ano, mas atenuando desta forma a forte descida anterior.
A situação é provocada pela crise económica e financeira que Angola atravessa, fruto da quebra acentuada da cotação do barril de crude, principal produto de exportação do nosso país.
Portugal lidera as importações angolanas com uma quota de 18 por cento, logo seguido da China - destronada do primeiro lugar -, que vendeu quase metade do que facturou com Angola no primeiro trimestre e menos 9,6 por cento face a 2014, o equivalente a 57.511 milhões de kwanzas e uma quota de 15,4 por cento.
No terceiro lugar das origens das importações angolanas no segundo trimestre estão os Estados Unidos da América, com uma quota de 8,7 por cento e um encaixe de 32.757 milhões de kwanzas.
No sentido inverso, Portugal comprou 43.761 milhões de kwanzas de produtos a Angola (petróleo), uma quebra de 13 por cento tendo em conta o segundo trimestre de 2014, figurando no sétimo posto dos destinos das exportações angolanas.
A tabela continua a ser liderada pela China, com 44,3 por cento do total das exportações de Angola, representando neste período mais de 491.671 milhões de kwanzas. Trata-se, ainda assim, de uma quebra de 25,8 por cento face a 2014, mas um aumento das compras chinesas (+26,7 por cento) em relação ao primeiro trimestre deste ano.
Igualmente reflectindo essencialmente compras de petróleo, a Índia continua no segundo lugar das exportações angolanas, tendo comprado 112.875 milhões de kwanzas entre Abril e Junho, uma quebra de 23,4 por cento no volume total face ao mesmo período de 2014.
