A suspensão dos 102 contratos de trabalho aconteceu no mês passado, informou Samuel Republicano, presidente do Conselho de Gerência da empresa.
"A empresa hoje não tem capacidade para honrar com os seus principais compromissos, sobretudo os ordenados dos trabalhadores, o que nos obrigou a suspender 102 contratos de trabalho no mês passado", adiantou, em declarações, citadas pela Angop, à margem do workshop do balanço semestral da produção diamantífera, a ter lugar no Dundo.
Quanto aos salários dos 350 funcionários que possuem ainda contratos activos, fez saber que estão a ser pagos por meio do apoio financeiro do principal accionista, que é a Endiama.
O presidente disse ainda que a mina está a enfrentar uma situação crítica, derivada de diversos factores internos e externos, ligados à actual situação do mercado de diamantes.
Também informou que a produção da mina, nos primeiros seis meses do ano, ficou abaixo das previsões. Segundo o responsável, no primeiro semestre, as estimativas indicavam uma produção de cerca de 5000 quilates de diamantes por mês, contudo, por causa de diversos problemas, a mina só chegou aos três quilates.
O número total também ficou aquém das previsões, sendo que ao todo, foram produzidos pela mina 18 mil quilates de diamantes.
No sentido de contrariar este cenário e impedir que mais contratos de trabalho sejam suspensos, a mina tem vindo a trabalhar para diminuir os gastos operacionais, bem como ampliar os investimentos em estudos e equipamentos geológicos, com o objectivo de impulsionar a produção de diamantes, escreve a Angop.