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JMJ: autoridades acompanham caso dos peregrinos angolanos que não compareceram

As autoridades tomaram “medidas de monitorização” sobre os 106 peregrinos angolanos e cabo-verdianos que não compareceram na diocese de Leiria-Fátima, embora não sejam considerados desaparecidos, divulgou o Sistema de Segurança Interna.

: Facebook da Jornada Mundial da Juventude
Facebook da Jornada Mundial da Juventude  

Este grupo composto por 106 peregrinos de nacionalidade cabo-verdiana e angolana estava "devidamente inscrito" na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e entrou "regularmente e por via aérea em território nacional", destacou o Sistema de Segurança Interna, em comunicado.

No entanto, estes peregrinos não realizaram o 'check-in' na diocese de Leiria-Fátima, conforme estava previsto, acrescentou.

Segundo a nota, pelo facto de os cidadãos terem entrado em Portugal "de forma legal e com visto válido no espaço Schengen" não é considerado "para efeitos legais, que o grupo esteja desaparecido".

Apesar desta circunstância, o Sistema de Segurança Interna adiantou que estão a ser "tomadas as competentes medidas de monitorização por parte das autoridades envolvidas, quer a nível nacional, quer a nível internacional".

A organização da JMJ disse esta Segunda-feira à Lusa estar a acompanhar a "não comparência" destes peregrinos de Angola e Cabo Verde na diocese de Leiria-Fátima, tendo a situação sido reportada às autoridades de segurança.

Num comunicado divulgado esta Segunda-feira, a diocese de Leiria-Fátima tinha revelado "uma situação anormal que requereu uma atenção especial da parte da organização diocesana" pela "ausência de 106 peregrinos dos grupos estrangeiros de nacionalidade angolana e cabo-verdiana acolhidos em três paróquias da diocese".

A diocese acrescentou que "logo que estas não comparências foram sinalizadas, a organização reportou-as às competentes autoridades de segurança, que desde então têm assumido as diligências exigíveis e necessárias".

"A organização está a acompanhar a situação, que reportou às autoridades", disse à Lusa fonte da JMJ.

Contactada pela Lusa, fonte da PSP indicou que se trata de um grupo de peregrinos "que não chegou ao destino" previsto, ou seja, à diocese de Leiria-Fátima.

Fonte do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) afirmou à Lusa que este organismo não foi contactado e que os 106 peregrinos não estão em situação irregular, uma vez que têm um visto válido de curta duração, por três meses, pelo que podem circular no espaço Schengen.

Por sua vez, fonte da GNR disse à Lusa que esta força de segurança não foi contactada, mas está "em articulação" com o Sistema de Segurança Interna.

Contactadas pela Lusa, fontes das embaixadas de Angola e Cabo Verde em Lisboa indicaram desconhecer a situação, uma vez que a deslocação destes peregrinos é enquadrada pelas igrejas.

Pelo menos 1518 angolanos, residentes em Angola e na diáspora, inscreveram-se para participar na JMJ Lisboa 2023 e a partir de Luanda devem embarcar 518 peregrinos para este encontro com o Papa Francisco. De Cabo Verde, está prevista a participação de um total de 913 cabo-verdianos, incluindo religiosos.

As principais iniciativas da jornada decorrem no Parque Eduardo VII, na zona de Belém e no Parque Tejo, um recinto com cerca de 100 hectares a norte do Parque das Nações e em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.

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