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Oxford Economics revê crescimento de Angola para 1,7 por cento e inflação para 16,3 por cento este ano

A consultora Oxford Economics reviu esta Segunda-feira em baixa a previsão de crescimento de Angola, de 2,5 por cento para 1,7 por cento do PIB, e piorou a estimativa para a inflação, esperando uma subida de 16,3 por cento este ano.

: Lusa
Lusa  

"A inflação mais elevada e as maiores taxas de juros, bem como a forte redução nos subsídios aos combustíveis desde Junho, vai limitar significativamente o crescimento do consumo pessoal e o crescimento da economia não petrolífera", escrevem os analistas num comentário aos últimos dados sobre a inflação.

"Prevemos que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) vá abrandar de 3,3 por cento em 2022 para 1,7 por cento, quando anteriormente prevíamos 2,5 por cento em 2023", escreve o departamento africano da consultora britânica Oxford Economics.

Na nota enviada aos clientes, e a que a Lusa teve acesso, os analistas apontam que "o impacto favorável do robusto fortalecimento do kwanza no primeiro semestre do ano passado e os preços mais baixos dos alimentos dissiparam-se e a persistente fraqueza da moeda teve um impacto nos preços dos produtos de consumo".

Desde Maio, a moeda nacional começou a ter uma forte queda, chegando a bater o recorde oficial de 833 kwanzas por dólar, levando a uma subida dos preços alimentares.

"Para além disto, a redução nos subsídios aos combustíveis também começou a colocar uma pressão ascendente no preço dos transportes, por isso, com base nestes factores, antevemos que a taxa de inflação vá continuar a subir até aos 16,3 por cento no final de 2023 e que o Banco de Angola vá subir a taxa de juro directora em 200 pontos base antes do final do ano", concluem os analistas.

A inflação em Angola subiu para 12,1 por cento em Julho deste ano face ao período homólogo de 2022, registando também uma aceleração face aos 11,3 por cento registados em Junho face ao período homólogo, enquanto a inflação mensal subiu para 1,6 por cento em Julho, quando em Junho tinha registado uma subida de 1,4 por cento face ao mês anterior.

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