O Kizomba Design Museum leva a São Paulo "uma experiência imersiva de três dias, onde apresenta a cultura kizomba através da música, gastronomia, 'workshops' de dança e palestras", de acordo com a agência de música e comunicação Arruada, num comunicado divulgado.
A primeira edição conta com atuações de músicos e produtores como Branko, Dino D'Santiago, Paulo Flores, Djodje e Batida.
O programa inclui também Matabicho, com assinatura da chef Bel Coelho, oficinas de kizomba, conversas, que contam com a participação do músico Manecas Costa e do escritor Ondjaki, entre outros, e um mercado, que "refletirá a influência da moda e do design no universo da kizomba", com curadoria do modelo, 'designer' e empresário Armando Cabral.
A programação irá dividir-se entre a Casa de Francisca, localizada no primeiro andar do Palacete Teresa, "património histórico paulistano", o edifício Copan e a galeria Pivô, "espaço artístico sem fins lucrativos e que oferece uma plataforma de intercâmbio, pensamento crítico e experimentação (também localizada no edifício Copan)".
O Kizomba Design Museum foi pensado como "uma plataforma itinerante dedicada a preservar e a mostrar a história vibrante da cultura da kizomba, oferecendo uma visão contextualizada das origens, da evolução e do significado social da kizomba, originária dos países africanos de língua portuguesa e de sua diáspora".
Esta plataforma aponta "torna-se um espaço activo para a pesquisa e o estudo cultural Kizomba em todo o mundo".
Esta primeira edição é, para Kalaf Epalanga, citado no comunicado, "um momento emocionante reunir músicos talentosos e entusiastas da cultura kizomba numa das maiores cidades de língua portuguesa".
"Através da dança e do movimento, estamos activando o espaço e proporcionando 'insights' sobre a interação entre as nações africanas de língua portuguesa e o Brasil para o público", referiu Kalaf Epalanga, recordando que o Kizomba Design Museum vai acontecer em simultâneo com o arranque da 35.ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, que decorre ente 6 de Setembro e 10 de Dezembro, com o título "Coreografias do Impossível" e curadoria de Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel.
Nástio Mosquito destaca que o Kizomba Design Museum "não é apenas uma celebração de cultura ou de sua identidade, é um gesto de cuidado, um gesto de doação a essa forma de arte e a justiça económica do mercado, alcançando a indústria da música, a indústria alimentícia e a indústria do entretenimento".
Kalaf Epalanga é um escritor e músico natural de Angola, actualmente radicado em Berlim. Co-fundador da editora discográfica Enchufada, Kalaf Epalanga integrou os Buraka Som Sistema.
Em 2017, editou em Portugal o romance "Também os brancos sabem dançar", apresentado em 2019 na Festa Literária Internacional de Paraty, no Brasil.
Nástio Mosquito é um artista multidisciplinar angolano cujo trabalho tem passado pelo vídeo, fotografia, instalações, palavra, performance e música.
