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CNE diz que todas as assembleias de voto “estão em perfeito funcionamento” e “sem incidentes”

O porta-voz da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) anunciou esta Quarta-feira que as 13.238 assembleias de voto espalhadas pelos 164 municípios “estão abertas e em perfeito funcionamento” e “não há registo de qualquer incidente” que possa beliscar a votação.

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Lucas Quilundo, que falava aos jornalistas no primeiro briefing do dia, duas horas depois do início da votação dos eleitores, disse que todas as assembleias de voto abriram oficialmente às 07h00 locais (mesma hora em Lisboa) e o processo decorre dentro da normalidade.

"O processo decorre neste momento de forma ordeira e pacífica e o ambiente geral no país é calmo e não há registo de qualquer anomalia", afirmou o porta-voz, na sua primeira comunicação no Centro de Imprensa Aníbal de Melo (CIAM), centro da capital do país.

O responsável da CNE exortou igualmente os responsáveis das assembleias de voto a seguirem estritamente os pressupostos legais no atendimento e acompanhamento aos eleitores.

Pediu igualmente prioridade de voto aos agentes das Forças Armadas Angolanas (FAA), dos serviços de saúde e de emergência e às pessoas portadoras de deficiência no acesso às assembleias.

O porta-voz da CNE, órgão que coordena o processo eleitoral, apelou ainda para a necessidade de "não se colocarem impedimentos aos eleitores que circunstancialmente não se apresentem às assembleias sem as máscaras faciais" devido à covid-19.

A CNE tem previsto um novo briefing sobre as quintas eleições gerais às 12h00 locais.

Já na Terça-feira, véspera das eleições, o presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) apelou ao voto dos angolanos nas eleições gerais e voltou a recomendar que cada pessoa deve deixar a assembleia de voto, contrariando o movimento "Votou, Sentou!".

Numa mensagem ao país, Manuel Pereira da Silva pediu a "participação massiva na votação", que está a decorrer desde as 07h00 desta Quarta-feira nas assembleias de voto, numa "postura cívica, ordeira e responsável, compatível com o ambiente de festa que caracteriza as eleições, abstendo-se de quaisquer comportamentos susceptíveis de perturbar a ordem e a tranquilidade pública".

Por isso, escreveu o presidente da CNE, "cada eleitor, depois de exercer o seu direito de voto deve abandonar voluntariamente a assembleia de voto".

Durante a campanha eleitoral, a União Nacional para a Independência Total de Angola tem insistido no movimento "Votou, Sentou!", exortando os seus apoiantes a ficarem junto das assembleias de voto para controlarem o resultado da contagem final.

Esta iniciativa é considerada ilegal pelas autoridades e é um dos motivos de tensão esperados nas eleições desta Quarta-feira.

As quintas eleições gerais em Angola perpetuam a disputa entre os dois principais partidos do país, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), que tentam conquistar a maioria dos 220 lugares da Assembleia Nacional.

João Lourenço, actual Presidente, tenta um segundo mandato e tem como principal adversário Adalberto Costa Júnior, líder da UNITA.

No total, concorrem oito formações políticas, sete partidos e uma coligação, que tentam conquistar o voto dos 14,4 milhões de eleitores. As cerca de 13 mil assembleias de voto no país e diáspora vão estar abertas entre as 07h00 e as 17h00 (mesma hora em Lisboa).

O processo eleitoral, que tem cerca de 1300 observadores nacionais e internacionais, tem sido criticado pela oposição, considerando-o pouco transparente.

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