Pensar que somos melhores aos demais países vizinhos por possuirmos terras cultiváveis, petróleo e diamante é uma atitude falha, pois se compararmos em questão de desenvolvimento no contexto agrícola verá que Angola está ficando pra trás.
Segundo uma notícia partilhada pelo Jornal de Angola, no dia 20 de Janeiro de 2019, Josefa Sacko, comissária para Economia Rural e Agricultura da União Africana afirmou em Addis Abeba que Angola é um dos países do continente Africano que de modo infeliz não tem mostrado avanço em termos de desenvolvimento agrícola e caracterizou a situação de “crítica”.
Hoje, até para comermos dependemos de outros Países, estamos cada vez mais distante de nos tornarmos autossuficientes, isto é, não dependermos de outras nações para nos alimentarmos. Angola é um dos Países do PALOP que mais sofre com a fome, grande parte da população vive em condições de pobreza relativa e para muitos dos cidadãos a agricultura é vista como instrumento medial para luta contra o desemprego.
Muito dos programas voltados para o setor agrícola não alcançam suas metas estabelecidas, alguns inclusive deixaram vários produtores em maus lençóis. Situações que já poderiam ser contornadas se o Estado desse de fato a devida atenção para o sector primário. Atualmente muito se fala sobre a diversificação da economia e a aposta na agricultura, é realmente interessante quando ouvimos tais discursos, porém, as dotações do Orçamento Geral do Estado para o setor agrícola nos transmitem outra ideia, o que dificulta o crescimento, a solidificação da agricultura e um rural desenvolvido.
Embora a guerra civil tenha sido um empecilho para o desenvolvimento da agricultura, é evidente o quanto o estado angolano não dá a devida atenção neste sector, o nosso país tem condições necessárias para melhorar as condições do setor agrícola e se tornar autossuficiente.
Face ao exposto, em resposta essa problemática, o governo angolano poderia optar por:
- Diversificar de fato a economia do País, Apostar na agricultura e Criar Programas que possam dar respostas significativas para o fortalecimento da agricultura;
- Construir de Institutos agrários médio e superior, Inserção de cursos da área de ciências agrárias nas Universidades mais influentes do País e Implementação de escolas de campo em zonas rurais;
- Criar condições favoráveis que possam servir como mola impulsionadora para o interesse nas áreas de ciências agrárias bem como a permanência dos jovens no campo;
- Programas voltados para a juventude incentivando o empreendedorismo de jovens no campo;
- Os jovens têm afinidade por atividades que envolvem tecnologias digitais, tecnologia no campo seria também uma forma de atrair jovens para o sector agrícola;
- Apoiar ou incentivar a criação de Cooperativas e associações.
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