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Opinião A opinião de...

O combate à fome por meio da agricultura

Vicente Kimbamba

Engenheiro Agrónomo e Mestre em Gestão Ambiental pela Pan African University. Pesquisador científico, consultor agrónomo e membro da APROFAGRO

Actualmente Angola, atravessa um momento social marcado por numerosos protestos, onde grande parte da população sai as ruas exigindo maior oportunidade de emprego, erradicação da fome e a alternância política. Esse artigo se propõe evidenciar como a agricultura pode combater a fome e o desemprego.

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Angola é um dos países do continente Africano que apresenta um alto índice de desenvolvimento. Segundo uma notícia partilhada pela Deutsche Welle, no dia 9 de Fevereiro de 2018, Eliseu Gaspar, vice-presidente da Associação Industrial de Angola afirmou que o nosso País possui imensas terras aráveis, com potencial hídrico de invejar e que mais de 50% das famílias angolanas se dedica à agricultura, com enfoque à agricultura familiar.

Grande parte da população angolana, vê a agricultura como uma ferramenta para o combate à fome e a pobreza, porém, embora mais de 50% das famílias angolanas se dedica a agricultura, os indicadores sociais evidenciam que essas práticas não têm sido exitosas. Daí que surge a necessidade de tornar a agricultura mais produtiva e sólida.

Mas como tornar a agricultura mais produtiva e sólida?

Para alcançarmos o desenvolvimento agrícola, Angola precisa investir valores significantes para o sector agrário, fazer a reforma agrária que consiste na transferência de terra de um grupo social para outro, implementar os cursos de ciências agrárias nas universidades mais influentes do País, melhorar as condições da agricultura familiar tornando-os protagonistas das suas actividades e permitir a entrada de seus produtos nos
grandes mercados consumidores.

Percebe-se que não se trata de uma tarefa fácil, mas, tendo um óptimo investimento, disponibilidade de terras e pessoas formadas para atender as demandas desse sector estaríamos sim dando passos largos para uma agricultura sólida e um rural desenvolvido.

A agricultura tem um papel importantíssimo no mundo, pois ela é a base para a manutenção da economia mundial, é responsável pelo aumento da segurança alimentar é vista também como uma ferramenta para a luta contra o desemprego, o combate à fome e a pobreza. O mercado agronómico é vasto e, oferece oportunidades que você talvez nem imagina, as actividades não se restringem apenas no campo.

Nesse sentido, os envolvidos podem trabalhar no campo, laboratórios, indústrias de processamento e/ou beneficiamento, cooperativas, comércio entre outros.

Logo, tendo um sector agrícola sólido, levando em consideração as oportunidades dentro dessa ampla cadeia produtiva, Angola estaria dando um passo gigante no combate à fome e a aumentar de forma exponencial a taxa de emprego.

Opinião de
Vicente Kimbamba

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