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Novas concessões de minérios de diamantes terão participação estatal

As novas concessões de direitos mineiros que vão a concurso serão “100 por cento privadas” no caso dos fosfatos e ferro, mas terão uma participação estatal “ainda por definir” no caso dos diamantes, revelou o ministro da tutela.

Issouf Sanogo:

Segundo Diamantino Pedro Azevedo, “as concessões de fosfatos estão 100 por cento abertas para investimentos privados, sejam nacionais, sejam internacionais, sejam consórcios”, bem como as de ferro.

O ministro dos Recursos Naturais e Petróleos acrescentou que só as concessões de diamantes “terão de ser em parceria”, com a concessionária diamantífera nacional, a Endiama, “em percentagem e condições a ser negociadas”.

O governante, que falava após o ‘roadshow’ que levou a Luanda centenas de potenciais interessados nas cinco concessões mineiras que o Governo vai levar a concurso, não quis avançar estimativas quanto ao encaixe de receitas das concessões de direitos mineiros cujo concurso público será lançado em Outubro.

“Estamos numa fase apenas de recursos e em alguns casos temos reservas provadas. Isso significa que, nos casos em que ainda não temos reservas provadas, os investidores terão de fazer estudos adicionais. Depois de chegarem às reservas provadas estarão em condições de elaborar os estudos de viabilidade económica e só esses estudos nos darão os indicadores de rentabilidade económica”, justificou.

Para o ministro, só a partir daí “é que se sabe a receita”.

“Neste momento é prematuro saber as receitas que vão ser obtidas”, vincou.

As cinco concessões que vão ser levadas a concurso são duas de fosfatos (em Cácata, na província de Cabinda, e Lucunga, na província de Zaire), uma de ferro (Kassala-Kitungo, no Kwanza Norte) e duas de diamantes (Camafuca-Camazambo e Tchitengo, em Lunda Norte e Lunda Sul).

A apresentação focou-se nos aspectos mais promissores do sector mineiro, que o Governo quer impulsionar.

Focou-se a rentabilidade dos fosfatos para uso agrícola, dos mais de 200 milhões de toneladas de minério de ferro de recursos conhecidos na concessão de Kassala-Kitungo, bem como do potencial de Camafuca-Camazambo, um dos maiores depósitos do mundo de kimberlito, o primeiro a ser descoberto no país.

Os responsáveis destacaram também que, entre os objectivos do Governo para as concessões, estão também o incentivo ao desenvolvimento da indústria de fertilizantes (fosfatos) e siderúrgica (ferro).

Depois da capital, seguem-se na rota dos ‘roadshows’ o Dubai (Emirados Árabes Unidos), a 10 de Setembro, Pequim (China), no dia 16, e como destino final Londres (Reino Unido), a 20 de Setembro.

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