Manuel Tavares de Almeida, que falava à imprensa no final da reunião de Conselho de Ministros, disse que houve necessidade de se realizar um esclarecimento "face às críticas registadas" com o anúncio, na semana passada, deste projecto.
"Constatamos uma certa deficiência na interpretação dos propósitos e méritos deste projecto, pelo que convém esclarecer", referiu o ministro, acrescentando ainda que reconhece a "necessidade de se prestar informações mais detalhadas do projecto face ao interesse que o mesmo suscitou à sociedade".
O projecto contempla a construção de 28 edifícios ministeriais, o secretariado do Conselho de Ministros e 37 casas protocolares.
Após o anúncio do projecto, cidadãos manifestaram o seu desagrado nas redes sociais em relação aos critérios de prioridade do Governo.
Em conferência de imprensa realizada Quarta-feira, o vice-presidente da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Raul Danda, considerou que "essa construção, com uma opacidade quanto aos custos a acarretar pelo Estado, não pode ser prioridade", quando há "questões relevantes e de alta sensibilidade como a saúde, a educação, a alimentação, a água, a luz, o saneamento básico".
Segundo o ministro, cada sub-projecto do Centro Político Administrativo, cuja prioridade é aprovada pelo titular do poder executivo, poderá levar de dois a três anos de construção, sem desembolsos para o Estado e sete anos de amortização, a contar da data da sua conclusão e entrega para sua utilização.
O titular da pasta da Construção e Obras Públicas sublinhou que a restante área do Bairro dos Ministérios está a cargo de um promotor privado, cujo nome não revelou, para investimento privado.
"O executivo recorreu à consultoria especializada para garantir a harmonização entre os projectos de diversas obras no perímetro do Centro Político Administrativo a erguer em Luanda, disponibilizando para o efeito uma verba equivalente a 2,2 milhões de dólares", salientou.