Ver Angola

Cultura

Sonho de cada angolano radicado na Alemanha é voltar a casa

De cachecol com as cores de Angola ao peito, Henriques Coba vive há 30 anos na Alemanha. O sonho repete-se cada dia, poder voltar ao país que o viu nascer.

Lac Luanda:

Na sua visita oficial a Alemanha, o Presidente João Lourenço, encontrou-se esta Quarta-feira com cerca de 140 cidadãos da comunidade angolana previamente convidados e à saída houve quem não escondesse a emoção.

“Fiquei muito sensibilizado porque, pela primeira vez em 42 anos, tivemos um Presidente que se quis reunir connosco”, desabafa Henriques Coba, motorista de pesados, a viver há três décadas na Alemanha.

Confessa que “o sonho de cada angolano a viver aqui é voltar ao seu país”. Na Alemanha sente-se “à vontade”, mas “não é a mesma coisa”.

De cachecol com as cores da bandeira angolana, destaca da maioria dos elementos da comunidade que vestem fato e gravata: “este encontro é importante, precisamos da aproximação entre Angola e o povo, para que o país avance”.

Não teve oportunidade de questionar directamente o chefe de Estado angolano, mas revela que perguntas não lhe faltavam: “gostava de perceber mais sobre as reformas que este governo está a levar a cabo, por exemplo, ou sobre as políticas na área da saúde ou educação”.

Orlando Gaspar trabalha na linha de montagem da Mercedes, chegou à Alemanha para fazer uma formação profissional, ao abrigo de um contrato do governo angolano com a antiga República Democrática Alemã.

“Quando terminou, com a queda do muro de Berlim, ficámos desamparados, Angola vivia numa guerra civil, eu decidi ficar”, confessa Gaspar. Conta que o contexto era “difícil”, ficar longe da família e do país natal ou “regressar sem condições nenhumas, sem garantia de emprego, sem nada”.

Sobre o encontro com o Presidente João Lourenço, desabafa: “foi um sonho, transmitiu-se uma grande esperança de voltar à minha pátria, não vejo a luz ao fundo do túnel, vejo a luz já ali, bem perto”.

É a primeira vez que Juliana Capita, a viver na cidade alemã de Mönchengladbach, vê um Presidente angolano “ao vivo”. Nas palavras de João Lourenço encontrou esperança: “Gostei do facto de ele ter dito que um país não pode trabalhar sozinho, precisa de outros”.

Quer voltar a Angola “como empresária” porque acredita que é o povo angolano “que deve investir no próprio país”.

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.