Em causa está um despacho presidencial, deste mês e a que a Lusa teve acesso, autorizando a contratação da Sinfic - Sistemas de Informação Industrial, para fornecer serviços de assistência técnica e equipamentos às entidades envolvidas no processo do registo eleitoral 2016-2017.
No país, a Sinfic - que em África tem escritórios em Angola, Guiné-Bissau e Moçambique - tratou do recrutamento e da selecção dos colaboradores locais, para utilizarem tecnologia de ponta, através de uma parceria da consultora e da Fujitsu, visando cadastrar e registar os dados da população recorrendo a equipamentos do tipo tablet.
Já o registo eleitoral, que antecede as eleições gerais de Agosto de 2017, obrigará os 9,7 milhões de eleitores registados para a votação anterior, de 2012, a fazerem prova de vida, "para eliminar dos registos os já falecidos", explicou anteriormente o secretário de Estado para os Assuntos Institucionais e Eleitorais, Adão de Almeida.
Acresce a previsão de inscrição de mais 1,5 milhões de novos eleitores, nomeadamente os que completaram 18 anos desde 2012.
Tendo em conta este processo, que vai decorrer entre 25 de Agosto e 31 de Março, o despacho assinado pelo Presidente José Eduardo dos Santos autoriza o Ministério da Administração do Território a contratar os serviços da empresa, sem especificar, por 306,4 milhões de dólares.