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Defesa

Um milhão de kwanzas é quanto pode custar um velório em Luanda

Arrendar salas públicas ou privadas para um velório, por um curto espaço de tempo, pode custar mais de um milhão de kwanzas (cerca de 6000 dólares). Os cidadãos da capital manifestaram-se contra os preços praticados, que consideram “exorbitantes”.

Eduardo Pedro/JaImagens:

Velar um ente querido nos distritos da Ingombota ou do Kilamba Kiaxi pode custar entre 370 mil a mais de um milhão de kwanzas. Este é o preço do arrendamento de um pequeno espaço por um período muito limitado – normalmente entre as 18h00 às 10h00 do dia seguinte.

A população tem vindo a contestar os preços praticados, apelando ao bom senso, dizendo que não se trata de uma festa, mas sim de uma infelicidade. À Angop, vários populares referiram que existe um exagero na tabela de preços, não compatível com a realidade financeira dos cidadãos, sendo que muitas vezes a solução passa por realizar o velório em casa. "A realização de um óbito já acarreta altos custos para a família, e devido ao preçário a maior parte das famílias prefere velar em casa o seu morto, o que muitas vezes causa  transtornos para os vizinhos e outros utentes da via pública”, referiu Simão da Conceição Sequeira, morador da Maianga.

Alvo de contestação foi também o primeiro local público para velórios no país, erguido junto ao Cemitério de Santana, no Kilamba Kiaxi. A obra foi construída pelo Governo Provincial de Luanda, com recurso a investimentos públicos. No entanto, arrendar o espaço das 18h00 às 11h00 do seguinte custa cerca de 350 mil kwanzas (mais de 2000 dólares).

Quanto aos espaços “mais em conta” para a realização deste tipo de actividades, ficam os locais da Ex-Liga Africana (200 mil kwanzas) e a Capela do Estado Maior das Forças Armadas Angolanas (entre 170 mil a 250 mil kwanzas).

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