O aumento do investimento bilateral é o principal objectivo, colocando desta forma o sector da Indústria em destaque. "Temos estado a conversar com empresários do sector privado dos dois países (…) fornecendo algumas matérias-primas Angola tem potencial de produção”, destacou Ernesto Tondela.
Por outro lado, a congénere angolana, Bernarda Martins, referiu “o interesse de empresas moçambicanas em investirem em Angola, bem como de empresários angolanos interessados em desenvolver indústrias em Moçambique”.
Ambos os responsáveis estiveram esta Quinta-feira no Pólo Industrial de Desenvolvimento de Viana, participando numa visita às instalações de três empresas. Em destaque esteve a Acail, cuja actividade se desenvolve desde os produtos siderúrgicos à produção de gás industrial, medicinal e alimentar.
Um dos nomes de maior destaque por entre mais de seis centenas de empresas que operam no local, a Acail recebeu uma missão empresarial composta pelos titulares da pasta da Indústria dos governos de Angola e Moçambique, à qual se juntaram o secretário de Estado da Indústria de Angola, o Embaixador de Moçambique em Angola, o Administrador Municipal de Viana, o responsável pelo Pólo Industrial de Viana e representantes de outras entidades.
Após uma visita às instalações, o auditório da empresa acolheu uma pequena conferência entre os responsáveis. Ernesto Tondela não escondeu a sua admiração pelas tecnologias de ponta utilizadas pela empresa em Angola, a par da ministra angolana, que considerou mesmo a Acail como um “exemplo de produção” no nosso país.
“O ministro da Indústria e Comércio de Moçambique visitou as nossas instalações e destacou o nosso modelo de eficácia operacional. Para além de referir que temos uma empresa muito agradável em termos de apresentação, sublinhou o nosso empenho na produção nacional”, referiu um responsável pela Acail ao VerAngola.
Já a ministra da Indústria, Bernarda Martins, destacou a modernidade das instalações da fábrica de produção de gás da Acail, enfatizando a eficiência na qualidade do produto. “Os ministros mostraram-se agradados com a qualidade do nosso processo produtivo, ao conhecer a nossa produção de gases medicinais, entre os quais o oxigénio medicinal, com uma pureza de 99,6 por cento”, acrescenta o responsável.
A titular da pasta da Indústria no actual Governo angolano aproveitou ainda a visita às instalações da Acail para confirmar que os dois países vão explorar ao máximo as suas potencialidades, sobretudo no apoio a pequenas e médias empresas e na formação profissional. Bernarda Martins voltou aqui a destacar o papel da Acail, reiterando a aposta certa da empresa na valorização da mão-de-obra e da produção nacional.
Perante as palavras de encorajamento da ministra, a empresa aproveitou a oportunidade para reafirmar o seu empenho para com o compromisso “made in Angola”, dando conta de que a prioridade é continuar a produzir em Angola com qualidade.
