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Partido português questiona Governo luso sobre segurança e protecção dos portugueses em Angola

A IL, partido português, questionou esta Terça-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal sobre o que está a ser feito para garantir a protecção e a segurança dos portugueses em Luanda, tendo em conta os episódios de violência na capital angolana.

: AMPE ROGERIO/LUSA
AMPE ROGERIO/LUSA  

Numa pergunta enviada a Paulo Rangel através do parlamento, e à qual a agência Lusa teve acesso, a IL pede esclarecimentos ao Governo português sobre a "situação de segurança em Luanda e protecção da comunidade portuguesa em Angola" no dia em que foi anunciado como balanço provisório da Polícia Nacional de Angola quatro mortos e mais de 500 detenções, após a paralisação decretada pelos taxistas em Luanda, marcada por actos de vandalismo, pilhagens e violência.

"Considerando o histórico de instabilidade na região e a forte presença da diáspora portuguesa em Angola, incluindo cidadãos em situação de maior vulnerabilidade e diversos investimentos com origem nacional, é essencial assegurar que o Estado português está atento e preparado para responder a qualquer deterioração das condições de segurança", defendem os liberais.

Por isso, a IL quer saber "qual a actual avaliação do Governo português sobre as condições de segurança em Luanda, em particular para os cidadãos portugueses residentes ou em visita, e para os trabalhadores das missões diplomáticas e consulares de Portugal".

"Que medidas estão a ser implementadas pelas autoridades portuguesas no terreno para garantir a protecção da comunidade portuguesa em Angola, nomeadamente no que respeita a comunicação, deslocações e eventuais pedidos de apoio", perguntam ainda os deputados liberais.

A IL pretende ainda que o ministro dos Negócios Estrangeiros luso esclareça que contactos têm sido feitos com as autoridades angolanas e com os parceiros europeus sobre esta situação.

"A Embaixada de Portugal em Luanda dispõe actualmente de um plano actualizado de evacuação e resposta a situações de emergência? Qual a data da última revisão desse plano e que procedimentos de comunicação com a comunidade estão previstos em caso de necessidade", perguntam ainda os liberais.

Outras das vertentes que preocupa o partido liderado por Mariana Leitão é o impacto nos interesses económicos portugueses em Angola, questionando quais as medidas de acompanhamento estão a ser tomadas nesse âmbito.

Quatro mortos e mais de 500 detenções é o balanço provisório apresentado pela Polícia Nacional, após a paralisação decretada pelos taxistas em Luanda, marcada por actos de vandalismo, pilhagens e violência.

O porta-voz da Polícia Nacional, o subcomissário Mateus Rodrigues, disse aos jornalistas que é estável a situação de segurança pública na capital, indicando que foram vandalizadas 45 lojas, 25 viaturas particulares, 20 autocarros públicos e três agências bancárias.

"Estamos a verificar o regresso à normalidade, graças ao trabalho que foi feito ontem [Segunda-feira] durante o período da tarde e da noite", disse Mateus Rodrigues, sublinhando a abertura das principais vias – onde se registaram actos de vandalismo –, nas últimas 24 horas, a remoção dos obstáculos colocados nas estradas, impedindo a livre circulação de pessoas.

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