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País ultrapassou barreira dos 14 milhões de quilates e atingiu produção histórica de diamantes em 2024

No ano passado, Angola registou um recorde histórico na produção de diamantes, tendo ultrapassado a barreira dos 14 milhões de quilates, informou o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo.

: Facebook Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás Angola
Facebook Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás Angola  

Em declarações à margem da cerimónia de lançamento da Conferência Internacional de Minas de Angola, realizada esta Quinta-feira em Luanda, o governante realçou que, "em 2024, o país atingiu a maior produção de diamantes da sua história, ultrapassando os 14 milhões de quilates, meta estabelecida no início do segundo mandato do Presidente João Lourenço", refere um comunicado do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás a que o VerAngola teve acesso.

Na ocasião, Diamantino Azevedo disse que apesar dos desafios, foi possível alcançar um "marco histórico".

"Mesmo com os desafios provocados pela queda do preço dos diamantes e pela concorrência dos diamantes sintéticos, conseguimos atingir um marco histórico na produção diamantífera", afirmou, acrescentando que o sector se mantém resiliente.

Entre os avanços, o ministro referiu o arranque "da produção de cobre, na província do Cuando Cubango – a primeira vez que Angola irá explorar este recurso desde a independência –, a aposta em novos projectos mineiros, como o de nióbio", bem como o "ritmo positivo" na produção de "mármores, granitos, minério de ferro e manganês".

Diamantino Azevedo também "reconheceu que a produção de ouro ainda não atingiu os níveis desejados", mas garantiu que existem "várias empresas em fase de prospecção e que o cenário deverá melhorar nos próximos anos".

O ministro anunciou igualmente que se encontram em "curso medidas de valorização dos recursos minerais, como a proibição da exportação de quartzo bruto, promovendo a sua transformação local".

Segundo o governante, a fábrica de transformação já está a funcionar, o que se assume como essencial para "agregar valor" e gerar mais postos de trabalho.

"Já temos fábrica de transformação em funcionamento. Isso é fundamental para agregar valor e criar mais empregos", disse, citado na nota.

Quanto aos efeitos sociais da mineração, o ministro realçou a "geração de empregos indirectos e o estímulo à cadeia de fornecimento e serviços logísticos".

"Muitas vezes olhamos apenas para os indicadores principais, mas a mineração também impulsiona a economia em várias frentes, desde a venda de equipamentos até os serviços de alimentação", referiu o governante.

"Estamos numa indústria sujeita a variações de preço, mas estamos preparados para garantir a continuidade e o crescimento", afirmou ainda.

Sociedade Mineira do Chitotolo projecta produção de 320.000 quilates de diamantes este ano

Frazão Ndumba, director de operações da mina, fez saber que a Sociedade Mineira de Chitotolo prevê atingir uma produção de 320.000 quilates de diamantes este ano, com um volume de negócios orçado em mais de 180 milhões de dólares.

Segundo o director, a produção mensal média ronda entre os 25.000 e 30.000 quilates, sendo que desde o início do ano a empresa já extraiu aproximadamente 180.000 quilates de diamantes.

Falando à Angop, o responsável indicou que os graus de produção encontram-se conforme o plano estabelecido, acabando por garantir que até ao fim do ano a empresa possa vir a alcançar a meta prevista.

"Durante os 29 anos de exploração, tem sido um grande desafio porque maior parte das melhores reservas já estão a ser esgotadas, e neste momento estão a ser exploradas regiões marginais com baixo teor, o que faz com que os desafios sejam maiores", referiu o responsável.

Entre outros aspectos referiu ainda que a empresa se encontra "empenhada em garantir níveis de produção altos": "A Chitotolo está empenhada em garantir níveis de produção altos para poder se estabilizar, visto que tem grandes responsabilidades com os trabalhadores e com o desenvolvimento económico e social da província, contribuindo no aumento do Orçamento Geral do Estado, através de receitas fiscais", indicou, citado pela Angop.

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