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BAD pretende investir mais de 100 milhões de dólares no Corredor do Lobito

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) tem os olhos postos no Corredor do Lobito. Cerca de 150 milhões de dólares é quanto a instituição financeira tem previsto investir na infra-estrutura, numa verba direccionada para a produção vegetal no decurso do corredor.

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A informação foi avançada, nesta Quarta-feira, por Mário Caetano João, ministro da Economia e Planeamento. Em declarações à imprensa – citadas pela Angop –, no fim de um encontro com Reta Jo Lewis, presidente do Exim Bank, o ministro fez saber que o BAD assumiu já o compromisso de investir no corredor.

A par da referida instituição financeira, segundo o governante, a Agência Multilateral de Garantia de Investimento – membro do Banco Mundial – pretende assegurar as operações do consórcio responsável por gerir o corredor, escreve a Angop.

Segundo o titular da pasta da Economia e Planeamento, o consórcio vai injectar entre 300 a 400 milhões de dólares visando o incremento da frota de comboios, ao passo que o Banco Mundial assumiu o compromisso de aproximadamente 300 milhões de dólares visando contribuir para a produção de grãos.

Citado pela Angop, o ministro referiu que a visão do Banco Mundial passa por chamar algumas plataformas logísticas para solo angolano, com o intuito de auxiliar na criação da cadeia de valor.

Na audiência com Reta Jo Lewis, o ministro, através do Exim Bank, "convidou os empresários americanos a investirem na produção em Angola e a exportarem para a SADC ou outras regiões do continente", refere um comunicado do Ministério da Economia e Planeamento a que o VerAngola teve aceso.

O ministro apelou ao banco – que já se encontra "a apostar em projectos de energia renovável, em Malanje e Luanda, assim como na construção de pelo menos 40 silos para grãos" – "a investir em projectos no corredor do Lobito, onde já estão a operar o consórcio de gestão e manutenção, Lobito Atlantic Railway, a Agência Multilaterial de Garantia de Investimentos, MIGA, o Banco Mundial e o Banco Africano de Desenvolvimento", sendo que "a ideia é fomentar as cadeias de valor das fileiras produtivas definidas como prioritárias".

O encontro serviu igualmente para as duas entidades abordarem "as possibilidades de co-financiamento de incubadoras de startups para o aproveitamento e rentabilização da anergia da juventude angolana, a nível da inovação tecnológica", acrescenta a nota.

Nesta Quarta-feira, o ministro também manteve um outro encontro com o embaixador da China em Angola, Gong Tao.

"Com o embaixador, o ministro abordou o processo de reforço das relações económicas e empresariais entre os dois países", refere o comunicado.

"As duas entidades concordaram em continuar a trabalhar juntas para acelerar o processo de diversificação da economia nacional com a produção local de bens e serviços por empresas chinesas, quer seja a nível da agricultura, quer seja a nível da indústria transformadora", lê-se ainda na nota.

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