"Nós temos uma expectativa e há aqui um aspecto importante que gostaríamos de referir: há aqui, por um lado um efeito de empregos directos que estão relacionados com todos aqueles que estarão envolvidos directamente na operação – seja portuária, seja ferroviária – e aí estamos a falar de à volta de 2000 empregos e não é algo que irá demorar muito tempo para conseguirmos atingir esses números", disse o governante, em entrevista à Televisão Pública de Angola (TPA).
Sobre o prazo de alcance do número de empregos, Ricardo D'Abreu disse estar-se a "falar de cinco anos".
"Em cinco anos, sete anos, conseguirmos atingir esse valor e obviamente mantê-lo porque são as necessidades mínimas de capital humano para se poder gerir uma infra-estrutura desta natureza", afirmou o ministro, em entrevista à TPA.
"Mas é importante reflectirmos sobre aquilo que diz respeito ao potencial indirecto que representa o próprio Corredor do Lobito a nível da nossa economia doméstica e também a nível da região", acrescentou.
Entre outros aspectos, o titular da pasta dos Transportes também falou acerca das perspectivas relativas ao transporte de mercadorias: "Temos também referências mínimas de transporte de carga que pretendemos que ocorram no corredor. Estamos a falar nos próximos três anos sair de um transporte de 300 mil toneladas para um milhão e meio de toneladas", indicou, em declarações à TPA, tendo acrescentado: "O objectivo é atingirmos no fim da concessão ou nos períodos finais da concessão o volume máximo da capacidade da infra-estrutura que são cinco milhões de toneladas".
Recorde-se que na passada Terça-feira ocorreu a cerimónia que assinalou o acto de transferência da concessão dos serviços ferroviários e da logística de suporte do Corredor do Lobito.