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Governo e LAR oficializam transferência da concessão dos serviços ferroviários e de apoio logístico do Corredor do Lobito

O Governo e a Lobito Atlantic Railway (LAR) oficializaram, esta Terça-feira, a transferência da concessão dos serviços ferroviários e de apoio logístico do Corredor do Lobito, numa cerimónia onde esteve presente o Presidente João Lourenço e os seus homólogos da Zâmbia e da República Democrática do Congo (RDC).

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A cerimónia conta com a promoção da Administração Municipal do Lobito, segundo um comunicado remetido ao VerAngola. "Realizou-se hoje [Terça-feira] uma cerimónia promovida pela Administração Municipal do Lobito para assinalar o início da transferência da concessão dos serviços ferroviários e de apoio logístico do Corredor do Lobito à Lobito Atlantic Railway, empresa que vai assumir a operação, gestão e manutenção da infra-estrutura ferroviária de transporte de mercadorias para o corredor de cerca de 1300 km que liga o Porto do Lobito ao Luau, no leste de Angola, junto à fronteira com a República Democrática do Congo", lê-se na nota.

Na ocasião, João Lourenço considerou que o Corredor do Lobito "vai certamente potenciar as exportações intra-africanas".

"O Corredor do Lobito – que liga Angola à República Democrática do Congo e cuja concessão hoje atribuímos – e que prevê a sua extensão à Zâmbia, vai certamente potenciar as exportações intra-africanas, que actualmente respondem por apenas 14 por cento do total das exportações para o resto do mundo. Números como este mostram-nos a importância e a necessidade de colocar as nossas infra-estruturas ao serviço do desenvolvimento económico e social dos nossos países e do nosso continente. E aqui estamos a fazê-lo com visão, propósito e objectivos claramente definidos", disse o chefe de Estado durante a cerimónia.

Já o ministro dos Transportes, Ricardo Viegas d'Abreu, referiu que o Corredor do Lobito "é uma poderosa infra-estrutura que marca definitivamente a imagem de Angola perante o mundo, nomeadamente junto dos investidores privados e das entidades financeiras dos Estados Unidos, Europa e doutras geografias", lê-se na nota.

Por sua vez, Jeremy Weir – que no acto falou em nome da LAR – disse verem este corredor "como uma parceria entre os sectores público e privado".

"Vemos o corredor ferroviário do Lobito como uma parceria entre os sectores público e privado. Uma parceria entre três países – Angola, RDC e Zâmbia – e entre três empresas – Trafigura, Vecturis e Mota-Engil", indicou, citado na nota.

"Juntos, partilhamos a visão de criar o corredor logístico mais importante da África subsaariana. Acreditamos que o corredor ferroviário do Lobito tem um enorme potencial para impulsionar o desenvolvimento de sectores ao longo de toda a linha, incluindo a indústria pesada, a agricultura e a mineração, criando empregos e novas oportunidades. Acreditamos que o Caminho-de-Ferro do Lobito vai ser um catalisador para o crescimento e o investimento em Angola, na RDC, na Zâmbia e em toda a região. Trata-se, de resto, duma visão partilhada pelos três países, que já assinaram um acordo para acelerar o crescimento do comércio doméstico e transfronteiriço ao longo do corredor. E o facto do Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço, do Presidente Tshisekedi e do Presidente Hichilema estarem aqui hoje, reforça seu compromisso de desenvolverem e utilizarem esta ferrovia para o benefício de toda a região", completou.

"O Corredor Ferroviário do Lobito estende-se, em Angola, por quase 1.300 km e continua depois por 400 km na República Democrática do Congo até Kolwezi, o coração do Copperbelt, estando igualmente ligado à extensa rede ferroviária administrada pela Sociedade Ferroviária Nacional do Congo (SNCC)", refere ainda a nota, que acrescenta que a concessão, por 30 ano, foi atribuída ao consórcio LAR, que é composto pelas empresas Trafigura, Mota-Engil e a Vecturis.

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